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Polícia vai investigar participação de facções em ataques em Minas

A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais informou hoje (4) que somente através de investigações poderá confirmar a suspeita da participação de facções nos incêndios criminosos ocorridos no estado entre a tarde de ontem (3) e a madrugada de hoje, embora não descarte essa possibilidade. De acordo com o porta-voz da PM mineira, major Flávio Santiago, a hipótese de que o comando dos ataques partiu de organizações criminosas foi intensificada com a circulação de áudios nas redes sociais.
 
Segundo ele, alguns dos áudios foram descartados após análise da corporação, porque, apesar de serem divulgados como materiais relacionados aos incêndios, não tinham conexão com os crimes. "É importante frisar que esses ataques não aconteceram somente em Minas Gerais. Aconteceram em outros estados. Temos informação do Rio Grande do Norte, de São Paulo. Quer dizer, não foi uma ação direcionada a Minas Gerais", afirmou o major, em coletiva de imprensa. "Parece, em parte, que houve uma orquestração de facção criminosa, mas não podemos determinar isso", disse o policial.
 
De acordo com a PM, foram atingidos, nos últimos dois dias, 24 ônibus, duas agências bancárias, um caixa eletrônico de autoatendimento, uma delegacia e uma unidade de Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), da PM, além de prédios públicos.
 
O major disse aos jornalistas que, desde ontem, um "vasto efetivo" de policiais militares foi empregado para fazer a escolta dos veículos e o cruzamento de informações de inteligência, com o objetivo contribuir para o andamento das investigações dos ataques. Ele comunicou, ainda, que a PM já prendeu 30 pessoas. Do total, oito foram presas em flagrante, sendo um adolescente.

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