Esportes

Cruzeiro e Atlético-MG ficam no 1 a 1 e estacionam na tabela do Brasileirão

Jogo no Mineirão não foi um primor de técnica, mas teve muita emoção e tensão

Léo Silva, Ramón Ábila e Robinho em lance do jogo Cruzeiro x Atlético-MG (Foto: Juliana Flister/Light Press)
Léo Silva, Ramón Ábila e Robinho em lance do jogo Cruzeiro x Atlético-MG (Foto: Juliana Flister/Light Press)

Cruzeiro e Atlético-MG fizeram um jogo digno da tradição do maior clássico mineiro e um dos maiores do Brasil. Empataram por 1 a 1, na tarde deste domingo, no Mineirão, gols de Clayton, para o Atlético-MG, e Robinho para o Cruzeiro. A partida não foi um primor de técnica, mas foi repleta de tensão e emoção, do começo ao fim. O público pagante foi de 43.381 e a renda de R$ 1.423.271,00. O torcedor gostou do que viu, sobretudo no segundo tempo, quando os lances de perigo foram mais constantes.

Apesar do bom jogo, o resultado não serviu nem para um nem para o outro. O Atlético-MG permanece na terceira colocação do Campeonato Brasileiro, com 46 pontos, cinco a menos que o líder Palmeiras. O Cruzeiro continua em situação incômoda. Com 30 pontos, terminou o jogo na 15ª colocação, dois pontos acima do Figueirense, primeiro da zona de rebaixamento.

Os dois times agora voltam as atenções para a Copa do Brasil. Ambos jogam quarta-feira. O Cruzeiro recebe o Botafogo, no Mineirão, às 21h45 (de Brasília). Um pouco mais cedo, às 19h30, o Atlético-MG vai ao Moisés Lucarelli, em Campinas, enfrentar a Ponte Preta. Pelo Brasileirão, os rivais mineiros entram em campo domingo que vem. O Cruzeiro encara o Flamengo, no Maracanã, às 16h, enquanto o Atlético-MG recebe o Internacional, às 18h30, no Independência.

O jogo

O clássico mineiro começou com muita cautela, respeito e estudo dos dois times. Cruzeiro e Atlético-MG se alternavam com a bola nos pés, buscando espaços no sistema defensivo do adversário, mas sem se expor demasiadamente. A dupla Arrascaeta/Ábila era a que mais incomodava o Atlético-MG, que, por sua vez, tinha em Otero sua principal peça ofensiva.

O excesso de cautela fez a partida se tornar feia, muito concentrada entre as duas intermediárias. O Atlético-MG, no entanto, era um pouco mais objetivo quando tinha a posse de bola. Com isso, conseguiu abrir o placar, aos 30 minutos, num contra-ataque bem tramado pela esquerda. Fábio Santos cruzou na área, e Clayton entrou como um raio, no meio da defesa, para cabecear à queima-roupa, sem chances para Rafael.

Atrás no placar, o Cruzeiro melhorou no jogo e passou a atacar com mais organização. Tanto que teve duas chances claras para empatar, uma com Arrascaeta, e outra incrível, com Ábila. Ambas foram desperdiçadas, e a vantagem atleticana permaneceu até o apito final do primeiro tempo.

A etapa final foi melhor que a inicial. O Cruzeiro teve que se abrir e buscar mais o ataque, o que deu espaços para o Atlético-MG contragolpear e pensar melhor suas jogadas ofensivas. Com 15 minutos, Mano Menezes tirou o volante Ariel Cabral e colocou o meia Élber em campo, e o Cruzeiro se abriu de vez.

A ousadia cruzeirense foi premiada com o gol de empate. Aos 30 minutos, Élber correu atrás de uma bola que parecia perdida e tocou para Robinho, que chegou soltando a bomba para deixar tudo igual no Mineirão. A partir daí, o jogo virou teste pra cardíaco. Cruzeiro e Atlético-MG se alternaram no ataque, em lances de arrepiar o torcedor. O jogo terminou sem vencedor, mas as duas torcidas voltaram pra casa felizes com o espetáculo que viram, principalmente no segundo tempo.

Comentários