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Causa da morte de Domingos Montagner foi asfixia mecânica, conclui IML

Levado pela correnteza, o ator se afogou durante mergulho no Rio São Francisco, por volta das 14h30 dessa quinta-feira, depois de ter gravado cenas para a novela \'Velho Chico\'

Domingos morreu ontem a tarde durante um mergulho no rio São Francisco (Foto: Divulgação)
Domingos morreu ontem a tarde durante um mergulho no rio São Francisco (Foto: Divulgação)
A causa da morte de Domingos Montagner foi divulgada pelo pelo Instituto Médico Legal (IML) de Aracaju, em Sergipe, na madrugada desta sexta-feira. O ator morreu por asfixia mecânica por afogamento. Segundo o documento, foi encontrada uma grande quantidade de água entre o pulmão e traqueia dele.
 
O corpo de Domingos Montagner foi achado perto da usina de Xingó, em Canindé de São Francisco, Sergipe, na divisa com Alagoas. Levado pela correnteza, ele se afogou durante mergulho no Rio São Francisco, por volta das 14h30, depois de ter gravado cenas para a novela Velho Chico.
 
A atriz Camila Pitanga, que havia almoçado com ele num restaurante próximo ao local, ficou desesperada e foi quem pediu socorro. As buscas envolveram helicópteros do Grupamento Tático Aéreo, Policia Militar, Corpo de Bombeiros e pescadores locais. Domingos deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos.
 
Em Velho Chico, seu personagem, Santo, chegou a desaparecer nas águas do Rio São Francisco, após levar três tiros em um atentado. A população da cidade se mobilizou, então, para encontrá-lo, com receio que ele tivesse se afogado. Mas Santo foi salvo por um pajé de uma tribo indígena.
 

Circo, teatro e TV

Domingos nasceu em São Paulo e fez carreira no circo e teatro antes de se tornar conhecido nacionalmente por meio de personagens marcantes de novelas e minisséries. Formado pelo Circo Escola Picadeiro, criou em 1997 o La Mínima, grupo que apresentou 12 espetáculos e eve destaque em 2008 com a montagem A noite dos palhaços mudos, que rendeu a Domingos o Prêmio Shell de Melhor Ator. Na mesma década, criou o Circo Zanni, do qual era diretor artístico. 
 
A estreia na TV foi no seriado Mothern, no GNT, em 2008. A participação especial como o personagem João abriu lhe as portas da televisão. Rapidamente ele se tornou um dos atores mais populares do país. Integrou os elencos do seriado Força tarefa e da série ‘A Cura’. Na pele do galã Carlos, da série Divã, chamou a atenção do público e, ainda no mesmo ano, 2010, voltou a ter destaque, desta vez com o Capitão Herculano Araújo, da novela Cordel Encantado.
 
Em 2012, ele interpretou seu primeiro protagonista, Paulo Alberto Ventura, presidente do Brasil no enredo da minissérie O brado retumbante. No mesmo ano, atuou na novela Salve Jorge, como Zyah, e chegou ao cinema com uma participação especial no longa-metragem Gonzaga – de Pai Pra Filho.
 
No ano seguinte, voltou a viveu revolucionário personagem Raimundo Fonseca (Mundo) da novela Joia Rara. Ano passado, interpretou Miguel, protagonista de Sete Vidas, e deu vida ao icônico delegado Espinosa, criado pelo escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza e adaptado para a televisão na série Romance policial – Espinosa, do GNT. Pouco depois, o ator participou dos longas Vidas PartidasDe onde te vejo e O outro lado do vento. Mês passado, o ator lançou ainda a comédia Um namorado para minha mulher, atualmente em cartaz nos cinemas.

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