O nível de emprego na construção brasileira caiu 0,34% em janeiro de 2015, na comparação com dezembro de 2014. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 11,4 mil trabalhadores com carteira assinada. Ao final de janeiro o número de trabalhadores do setor somava 3,307 milhões. Na comparação com janeiro do ano passado houve queda de 6,14%, com redução de 216 mil empregos. Os dados estão na pesquisa feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Na avaliação do presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a tendência de queda no emprego da construção civil é decorrente da queda no nível de investimentos do país. “O governo precisa reverter esse quadro urgentemente, adotando medidas que estimulem a atividade econômica e evitem uma recessão mais generalizada. Nesse sentido, o Executivo deveria rever o projeto de lei que, na prática, acabará com a desoneração da folha de pagamentos da construção e de outros setores”, disse.
Segundo os dados, todas as regiões do país tiveram resultado negativo, com exceção da Região Sul, que registrou alta de 1,19%, com 5,719 mil novos postos de emprego. No Norte foram 3,559 mil postos de trabalho a menos (-1,69%); no Nordeste foram 11,288 mil vagas a menos (-1,56%); no Sudeste foram menos 985 trabalhadores empregados (-0,06%); o Centro-Oeste perdeu 1,284 mil postos de trabalho (-0,51%).
No estado de São Paulo, o nível de emprego na construção aumentou 0,67% em janeiro, com a contratação de 5.629 trabalhadores. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador apresenta queda de 4,83%, com o fechamento de 42.878 vagas. Com o resultado, o número de empregos formais na construção civil no estado ao final de janeiro somava 844,5 mil.
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