Economia

Nova regra do Pix já está em vigor e facilita devolução de dinheiro em caso de fraude

Foto: Marcello Casal Jr | ABR. 

O Banco Central colocou em vigor a nova regra do Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada para agilizar a devolução de transferências feitas por engano ou obtidas por golpistas. A mudança amplia o rastreamento do dinheiro e fecha brechas usadas por criminosos para ocultar a origem dos valores.

O serviço ainda é opcional para bancos e instituições de pagamento, mas passará a ser obrigatório a partir de 2 de fevereiro de 2026.

Como era antes

Até agora, a devolução só podia ser feita a partir da conta que recebeu o Pix suspeito. Na prática, o mecanismo falhava porque golpistas costumam esvaziar a conta inicial em poucos minutos, transferindo o dinheiro para várias outras contas para dificultar o rastreamento. Quando o cliente percebia o golpe, os recursos já tinham sumido.

O que muda com a nova regra

Com a atualização, será possível devolver o valor mesmo que ele tenha sido repassado para outras contas. O MED passa a permitir o rastreamento das transações seguintes e o compartilhamento das informações entre as instituições envolvidas.

Segundo o Banco Central, essa integração torna viável a devolução em até 11 dias após a contestação.

Quando o MED pode ser usado

Criado em 2021, o mecanismo continua restrito a situações específicas:

  • fraudes comprovadas;

  • erros operacionais das instituições financeiras.

O MED não pode ser acionado em casos como:

  • envio para pessoa errada por erro do usuário;

  • conflitos comerciais;

  • disputas entre terceiros de boa-fé.

O objetivo é reforçar a segurança sem transformar o sistema em ferramenta de resolução de conflitos que não envolvam fraude.

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