Coluna

SIMPLESMENTE, JÔ

Rio de Janeiro - Estamos ficando sem ídolos.

Jô Soares foi fazer companhia a Chico Anysio no céu. Do inferno, dá pra ouvir os dois gargalhando.

Eu era fã dos dois. Meu sonho era ser entrevistado pelo Jô. Todo mundo foi. Alguns, várias vezes, como o Ziraldo e o Adão Iturrusgarai. 

Não bebi da sua famosa caneca, mas bebi da fonte de sua inteligência e humor. Assisti aos seus programas, a seus shows e li seus livros.  

Jô Soares, nascido José Eugênio Soares, foi apresentador, humorista, escritor, diretor teatral, músico, jornalista, roteirista, ator e artista plástico. Foi tudo isso e muito mais.

Não tenho mais nada para falar do Jô. Todo mundo já falou tudo. 

Divulgação - 

Vou apenas reproduzir aqui, um trecho do texto que o jornalista e escritor Millôr Fernandes escreveu. em 1983, para o prefácio da autobiografia “O Livro de Jô”,  escrita por Jô Soares em parceria com o jornalista e editor Matinas Suzuki Jr:

"Eclético total, o que mais gosta é tudo. Sua expressão facial está na cara. Sua expressão corporal só se vê quando ele para. No dia em que morrer não deseja choro nem vela. 

Quer um enterro bem simples: apenas um caixão de pinho com oitocentos bispos vestidos de púrpura em volta, trezentas câmeras filmando e narração em dezessete línguas. Igualzinho ao do papa".

O resto é história.

Um beijo, gordo.

Comentários