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Atentado a tiros a prefeito

Washington Reis, prefeito de Duque de Caxias. Foto:Tânia Rêgo da Agência Brasil - 

As autoridades policiais do Rio de Janeiro ainda não têm nenhuma pista sobre o atentado ao prefeito do Município de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), ocorrido dia 29/10. Ele, na companhia do irmão, o deputado estadual Rosenverg Reis (MDB), e do vereador Sandro Lélis, num carro blindado - em outro veículo se encontrava Aroldo Brito, secretário de Comunicação da prefeitura -, foi atacado a tiros. O caso aconteceu na Rua Tolstoi, no bairro Parque Paulista, onde a comitiva pretendia fazer inspeção na obra pública de pavimentação e drenagem.

Outro irmão do prefeito, o deputado federal Gutemberg Reis (MB), no dia 19/10, teve o seu carro perfurado a tiros, inclusive o para-brisa, em Xerém, distrito daquele município. O deputado não estava no veículo, que era conduzido por segurança e revidou os tiros, sendo quase atingido pelos disparos. Na fuga, o carro dos autores dos tiros colidiu com outro automóvel. O caso foi registrado por circuito interno de câmara de monitoramento na Estrada Rio do Ouro. As imagens mostram o momento em que o veículo usado pelos atiradores tenta fugir do local, na perseguição do carro dirigido pelo segurança. A polícia também investiga o caso.

Relatando o caso como cenas de filme de faroeste e, imediatamente, descartando o motivo de ter sido alvo de atentado, o prefeito Washington Reis contou que a ação foi rápida. Como ele disse à Agência Brasil, os integrantes da equipe de segurança responderam aos disparos e “os criminosos que estavam a pé bateram em fuga”.

“Foi muito tiro – revelou o prefeito – com arma pesada do tráfico. Deram muitos tiros em cima da gente. A segurança reagiu. Nosso carro é blindado e conseguimos sair do local do sinistro. O susto foi grande. O local, a gente já conhece e sabe que ali sempre teve um nível de risco grande, mas formos surpreendidos; e não creio que seja algo com a gente. É medo mesmo de carro chegar naquele local e eles mandaram muito tiro para cima da gente. São bandidos e não precisa investigar. Não foi uma perseguição com a gente. Nós chegamos ao local e eles já estavam lá”.

Se para Washington Reis, que atesta o local como “alto nível de risco”, imagine o que sofre a população, refém de narcotraficantes. Ele próprio declarou que “o povo ali já tem medo porque sabe que é um local de risco. Uma senhora correu com uma criança para dentro de casa, eu vi, mas graças a Deus ficou tudo sob controle”.

O prefeito fez contato com o comandante do 15º Batalha da Polícia Militar, localizado em Duque de Caxias, logo após o fato e informou que “o coronel Alessandro está tomando todas as providências”. E a assessoria da Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que PMs foram no Parque Paulista fazer busca aos autores dos disparos à comotiva do Executivo daquela município da região da Baixada Fluminense.

No curso da pandemia do COVID-19, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu e a Justiça decretou a indisponibilidade de bens de Washington Reis no valor de R$ 2,45 milhões, em ação que apura irregularidades na vacinação contra o vírus. A ação se deu devido a recusa do prefeito em obedecer o Plano Nacional de Vacinação, em não atender às decisões judiciais que determinaram respeito aos grupos prioritários e em não reservar vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac. Também o MP-RJ justificou a ação devido as aglomerações para a vacinação em Duque de Caxias, ocorridas constantemente.

Na ação foi decretada ainda a indisponibilidade de bens de outros réus. Antonio Manoel de Oliveira, secretário de Saúde, com o valor de R$ 1,50 milhão; Célia Serrano, subsecretaria de Saúde, no valor em até R$ 1,08 milhão; e José Carlos Oliveira, ex-secretário de Saúde, em até R$ 478 mil. Na ocasião, em nota, autoridades da prefeitura de Caxias disseram iriam recorrer contra a ação.
 

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