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Após sete dias do acidente em Brumadinho, número de vítimas aumenta e esperança de encontrar sobreviventes diminui

Ilustração: Roberto Netto
Ilustração: Roberto Netto

 

No sétimo dia de buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, as autoridades contabilizam 99 mortos e 259 desaparecidos. O número de vítimas aumenta à medida que vão passando os dias e a esperança de encontrar sobreviventes é cada vez menor. Os bombeiros  relatam dificuldades para as buscas no mar de lama que invadiu as instalações da mineradora, sítios e vilarejos.

Mesmo com as dificuldades, os incansáveis bombeiros e voluntários lutam bravamente todos os dias em busca de sobreviventes e corpos submersos na lama. A barragem B6 segue monitorada 24 horas sem risco de rompimento. Um plano de contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva.

Nos dois últimos dias, segundo o Corpo dos Bombeiros, as buscas se concentraram no local onde funcionava o restaurante e a administração da Vale, onde a lama pode alcançar até 10 metros de profundidade. 

Ontem, tropas enviadas de São Paulo começaram a atuar em seis pontos. As atividades também foram reforçadas por 58 voluntários, que ficam nas imediações e contribuem na verificação de vestígios de corpos.

Ilustração: Roberto Netto
Ilustração: Roberto Netto

Barragens

Ainda ontem, a Defesa Civil de Minas Gerais divulgou um “plano de contingência” preventivo demonstrando um pouco de preocupação com as barragens de Brumadinho que não se romperam. Entretanto o porta-voz da corporação, tenente-coronel Flávio Godinho, assegura que não há barragens com risco de rompimento.

Segundo Godinho, as demais barragens estão no nível de segurança 1, estável. Considera-se risco  quando a classificação passa de 2, o que não é o caso de nenhuma das barragens monitoradas permanentemente.

Em nota, a Defesa Civil divulgou locais para onde as pessoas devem se dirigir em uma eventual emergência, sem nenhum motivo para alarde no momento. “A Defesa Civil divulga pontos como medida preventiva em caso de elevação do risco”, destacou um comunicado.

“As polícias Civil e Militar estão monitorando as barragens em tempo real para, em caso de mudança na situação, haja aviso por meio de sirenes para que a população possa se deslocar de forma organizada e ordeira”, afirmou Godinho.

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