Secretário-geral da ONU, António Guterres (Foto: ONU/Jean-Marc Ferré)
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, discutiram nesta quinta-feira (14) em Tóquio a possibilidade de começar um diálogo multilateral sobre a desnuclearização da Coreia do Norte.
"Nós discutimos a necessidade de aplicar plenamente as sanções das Nações Unidas sobre a Coreia do Norte, diante da continuidade dos seus programas armamentícios", disse Abe, em entrevista coletiva após a reunião.
O governante japonês também afirmou que os dois trataram da possibilidade de iniciar um "dialogo substancial sobre a desnuclearização" da Península coreana.
Por sua vez, Guterres ressaltou a importância de que o Conselho de Segurança da ONU mantenha a unidade para a plena aplicação das sanções sobre Pyongyang, a capital norte-coreana, tendo em vista a "possibilidade de uma solução diplomática para a desnuclearização" do país.
Abe e Guterres falaram à imprensa, após a reunião no escritório do primeiro-ministro em Tóquio, como parte da visita de dois dias ao Japão do secretário-geral da ONU.
A crise na Península coreana foi um dos principais temas tratados pelos dois, além de outros assuntos de cooperação dentro das Nações Unidas, como a iniciativa para garantir cobertura de saúde em nível global.
Abe afirmou que a desnuclearização da Península coreana é indispensável para a paz e a estabilidade, tanto em nível regional quanto global. Acrescentou que espera que o Conselho de Segurança da ONU envie "forte mensagem" nesse sentido durante a reunião ministerial prevista para o dia 15.
Além disso, Guterres, lembrou a necessidade urgente de encontrar uma solução para a situação na Península coreana, "a fim de evitar um conflito que poderia ter consequências catastróficas".
O secretário-geral da ONU também afirmou que o órgão está plenamente comprometido para tentar resolver os sequestros de cidadãos japoneses, há décadas, por parte do regime de Pyongyan. Os casos foram classificados de "espantosos" e causaram um "inimaginável sofrimento" aos familiares.
Comentários