Política
Relator da reforma trabalhista pretende mudar mais de 100 artigos da CLT
A reforma trabalhista, segundo Marinho, não será uma \"minirreforma\", mas uma reforma robusta
Rogério Marinho prometeu que haverá, no parecer, propostas para diminuir a judicialização trabalhista (Foto: Divulgação)
Com o objetivo de proteger os trabalhadores, o relator afirmou que incluirá no parecer uma quarentena de 18 meses para demitir um funcionário e contratá-lo como terceirizado. Além disso, Marinho garantiu que o trabalhador terceirizado terá as mesmas condições do trabalhador da tomadora no ambiente de trabalho.
No relatório, o deputado ainda retirará a contribuição obrigatória aos sindicatos, que passará a ser opcional. "O governo não vai fechar conosco nesse assunto, mas vou levar para o parlamento. O modelo sindical do Brasil é muito distorcido", criticou Marinho, citando que o país tem mais de 11 mil sindicatos, enquanto a Argentina, por exemplo, tem 100. "Na Alemanha, só existem oito grandes sindicatos."
O deputado também prometeu que haverá, no parecer, propostas para diminuir a judicialização trabalhista, por meio de filtros para instituição de jurisprudências e súmulas. "Haverá um mecanismo de graduação para a edição de súmulas sobre o assunto. Além dos artigos da CLT, existem mil jurisprudências e mais de 500 súmulas, que têm força de lei, tratando do tema", criticou. Isso é um problema porque esses dispositivos se sobrepõem à função legislativa, disse.
A reforma trabalhista, segundo Marinho, não será uma "minirreforma", mas uma reforma robusta, a maior desde que foi criada a Constituição Federal, em 1988. As 844 emendas protocoladas, na opinião dele, mostram a "demanda reprimida" sobre o assunto. A reforma trabalhista foi o terceiro projeto mais emendado na Câmara em 14 anos.
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