O novo relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, recebeu hoje (3) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para tratar dos próximos passos da investigação. Foi a primeira reunião de trabalho após Fachin ser sorteado para relatar as ações.
Fachin também está trabalhando no processo de transição com a equipe que trabalhava com o ministro Teori Zavascki, morto em um acidente de avião no mês passado em Paraty (RJ).
Durante o período, ele deve ser assessorado pelo juiz Márcio Schiefer, braço-direito de Teori e que era responsável pelos trabalhos da Lava Jato. Por causa da morte de Teori, o magistrado pediu para ser exonerado nesta semana e não deve continuar na Corte após a fase de transição. Schiefer voltará para Santa Catarina, onde é juiz de Direito.
A partir da escolha do ministro como novo relator, cerca de 100 processos relacionados à operação, além das delações de executivos da empreiteira Odebrecht, ficarão sob o comando de Fachin. Os mais importantes tratam das delações de 77 executivos e ex-funcionários da empresa Odebrecht, nas quais eles detalham o esquema de corrupção na Petrobras.
Após a homologação feita pela presidente do STF, Cármen Lúcia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já começou a trabalhar nos pedidos de investigação contra os políticos e empresários citados nos depoimentos de colaboração com a Justiça. Não há prazo para que eventuais pedidos de investigação ou arquivamento cheguem à Corte.
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