Lula e Marina são os preferidos para as Eleições 2018, mostra Datafolha
Ex-presidente lidera todos os cenários de 1º turno, e ex-senadora está na ponta no 2º turno
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) são os preferidos dos eleitores brasileiros na disputa à Presidência da República nas Eleições 2018.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (12) indica que o petista lidera todos os cenários de 1º turno, enquanto a ex-ministra do Meio Ambiente venceria o próprio Lula e os tucanos José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves no 2º turno.
O Datafolha entrevistou 2.828 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 7 e 8 de dezembro, portanto, antes da divulgação da delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho neste final de semana.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos, e o nível de confiança atinge 95%. O Datafolha fez quatro simulações e o ex-presidente Lula lidera todas elas.
No primeiro, com Marina Silva e Aécio Neves (PSDB), Lula tem 25% das intenções de voto, contra 15% da ex-senadora e 11% do tucano. Jair Bolsonaro (PSC) aparece com 9%, Ciro Gomes (PDT) tem 5%, Michel Temer (PMDB) atinge 4%, e Ronaldo Caiado (DEM) e Luciana Genro (PSOL) possuem 2% cada um. Eduardo Jorge (PV) conta com 1% das menções. Brancos e nulos são 20%, e os indecisos, 6%.
Na segunda hipótese, com a presença de Aécio Neves (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), algo extremamente improvável de ocorrer, Lula teria 26% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (17%) e os dois tucanos com 8% cada um. Ciro teria 6% nesse cenário, seguido por Temer (4%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Brancos e nulos somam 20%, e os indecisos totalizam 6%.
O terceiro cenário tem Lula na ponta com 25% da preferência e Marina, 16%. O chanceler José Serra (PSDB) tem 9% do total, mesma percentual de Jair Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) soma 6%, Temer tem 4% e Luciana Genro e Ronaldo Caiado conquistaram 2% cada um. Eduardo Jorge também possui 1%. Brancos e nulos são 20% e os indecisos totalizam 6%.
A quarta simulação conta com as presenças dos três tucanos — José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin —, do empresário Roberto Justus (sem partido), da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, e do juiz federal Sergio Moro (sem partido).
Esse cenário mostra Lula com 24%, seguido por Marina Silva e Sérgio Moro, com 11% cada. Aécio Neves soma 7%, Bolsonaro chega a 6%, Alckmin totaliza 5% e Ciro e Serra possuem 4% cada. Temer, Luciana Genro e Justus ganharam 2% da preferência cada um. Caiado, Eduardo Jorge e a ministra Cármen Lúcia somam 1% cada. Brancos e nulos somam 13% e 5% não souberam responder.
2º turno
A ex-senadora Marina Silva lidera com folga as disputas de segundo turno. Ela tem ao menos 20 pontos percentuais de vantagem sobre os rivais tucanos — José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Contra Aécio, o placar ficaria 47% a 25%; contra Alckmin, 48% a 25%; e contra Serra, 47% a 27%.
Marina também venceria o ex-presidente Lula em um eventual segundo turno. A ex-senadora teria 43% das intenções de voto se as eleições fossem hoje, contra 34% do petista.
Em um confronto entre Lula e Aécio no segundo turno, a pesquisa indica um empate técnico dentro da marge de erro. O petista tem 38% das intenções de voto, contra 34% do tucano. Contra Alckmin, o placar seria exatamente o mesmo. Por fim, contra Serra, Lula teria 37% da preferência e o tucano, 35% — também um empate técnico dentro da margem de erro.
Vale lembrar que o ex-presidente Lula é alvo de três processos na Justiça Federal: por tentativa de obstrução das investigações da Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em recebimento de propina da empreiteira OAS e por organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência em um caso envolvendo a empreiteira Odebrecht.
Marina Silva também já foi citada em depoimento do delator José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro. Segundo ele, emissários de Marina pediram contribuição para o caixa dois da campanha eleitoral de 2010. Ela nega ter recebido recursos ilícitos. Marina não foi denunciada neste caso e, portanto, não existe processo contra ela.
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