O número de pacientes ortopédicos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) atendidos no serviço de atenção domiciliar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 10% nos primeiros dez meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
O Into tem, atualmente, 180 pacientes em atenção domiciliar – o serviço é prioritariamente prestado a pessoas recém-operadas no joelho, quadril, coluna e em decorrência de trauma (fratura), entre outros casos. Este ano, 636 novos pacientes da instituição receberam visitas regulares de equipes formadas por enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais do Into em casa. No ano passado inteiro, o serviço beneficiou 672 pacientes do Instituto.
O diretor-geral do Into, João Matheus Guimarães, disse que, por meio do SUS, o hospital tenta liberar mais rapidamente os leitos hospitalares. Há 321 leitos disponíveis para internação de pacientes na unidade. “Quanto menor o tempo de hospitalização, mesmo em casos de cirurgias de alta complexidade como as que realizamos aqui no Into, menor o risco de infecção hospitalar.”
Vantagens
Segundo o coordenador assistencial do Into, Naasson Cavanellas, o serviço de atendimento domiciliar auxilia no processo de recuperação e na consequente liberação de leitos do hospital. O atendimento domiciliar traz diversas vantagens. “Maior tempo junto da família, menor risco de contaminação de germes hospitalares e uma melhor adesão do paciente ao pós-operatório”, destacou Cavanellas. Segundo ele, com esse serviço, o grau de satisfação aumenta e a alta do paciente pode ser dada mais precocemente.
Cirurgias
O coordenador assistencial explicou que, com isso, o número de cirurgias de alta complexidade aumenta. “Existe um esforço em andar com a fila da lista de espera, de atualizar a lista de espera. Nós demos prioridade aos centros de joelho, quadril e coluna. Então, esses centros operam mais. Com isso, a gente tem conseguido melhorar a nossa produção de maneira geral.”
De janeiro a outubro, 7.444 cirurgias foram feitas no instituto, com uma média diária de 50 cirurgias. O número é 56% maior ao do ano passado. Mesmo com a greve ocorrida neste segundo semestre, a instituição manteve a meta acordada com a Justiça Federal de realizar 10,5 mil cirurgias em 2015. No ano passado inteiro, foram 7.560. Das cirurgias realizadas, 38,2% são consideradas de alta complexidade.
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