A produção de veículos automotores caiu 25,3% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em maio de 2015, foram produzidos 210.086 mil unidades, ante 281.355 mil de maio de 2014. Em relação a abril deste ano, quando a produção foi 217.552 mil unidades, houve queda de 3,4 %. No acumulado do ano, a produção chegou a 1.092.323 mil, 19,1% a menos do que o produzido no mesmo período do ano passado (1.350.115 mil).
Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a produção retornou ao patamar do ano de 2005. “Fechamos maio com estoque suficiente para 51 dias de vendas, o que explica as férias coletivas, lay-off, licenças remuneradas”.
Em maio estavam empregados 138.200 funcionários, 1% a menos do que em abril, quando havia 139.580 empregados. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi 9,2%.
O licenciamento registrou queda de 27,5% com a venda de 212.696 mil unidades ante as 293.362 mil unidades de maio de 2014. Na comparação com abril, quando foram comercializadas 219.351 mil veículos, houve queda de 3%. Nos cinco primeiros meses de 2015, as vendas atingiram 1.106.425 mil, 20,9 % a menos do que no mesmo período de 2014.
“Os resultados foram muito aquém da nossa previsão. O volume de vendas representou um retorno aos resultados de maio de 2007. O que influenciou foi o crédito com o saldo de financiamentos caindo 6,1% com relação a abril do não passado. Os novos financiamentos caíram 14,3%. O índice confiança do consumidor afetou drasticamente as compras”, disse Moan.
As exportações chegaram a 149.280, crescimento de 3% no acumulado do ano, ante as 144.869 contabilizadas no mesmo período do ano passado. Na comparação com maio de 2014 as vendas ao exterior tiveram aumento de 16,5%. Na comparação com abril, o crescimento foi 41,7%.
Moan ressaltou que o setor automobilístico apoia o Programa de Proteção ao Emprego, porque o considera uma forma de não perder o trabalhador qualificado. Segundo ele, atualmente há 25 mil funcionários afastados.
“O programa é um verdadeiro seguro-desemprego porque tem diversas vantagens. Defendemos que o instrumento seja permanente, porque permite a redução da jornada de trabalho com redução proporcional de salários. O governo paga o complemento de parte da redução e a empresa não é obrigada a pagar os encargos sobre a mão de obra”.
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