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Presidente da Torcida Jovem do Flamengo é preso por morte de torcedor vascaíno

Tiago “Boinha” e outros sete integrantes da organizada são investigados por emboscada que matou Rodrigo Sant’anna no Rio de Janeiro

presidente da torcida jovem do flamengo
Reprodução/TV Globo. 

Belo Horizonte - O presidente da Torcida Jovem do Flamengo (TJF), Tiago de Souza Câmara Melo, conhecido como Boinha, foi preso neste sábado (20) junto com outras sete pessoas no Rio de Janeiro. Todos são investigados pelo assassinato do torcedor vascaíno Rodrigo José da Silva Sant’anna, morto em 11 de setembro.

As detenções foram realizadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). De acordo com a polícia, foram cumpridos mandados de prisão temporária de 30 dias, além de uma prisão em flagrante.

Rodrigo foi atacado quando estava acompanhado de outros vascaínos no bairro Oswaldo Cruz, zona norte do Rio, a cerca de sete quilômetros do estádio Nilton Santos, onde Vasco e Botafogo se enfrentavam naquela noite. Segundo as investigações, o grupo da torcida organizada preparou uma emboscada, disparando fogos de artifício e tiros contra os rivais. O torcedor foi atingido e morreu no local. Outro vascaíno também foi alvo dos disparos e sobreviveu.

A DHC classificou o crime como de motivação “fútil, abjeta e primitiva”. Câmeras de segurança ajudaram a confirmar a participação dos suspeitos, que não utilizavam símbolos do Flamengo para dificultar a identificação.

Histórico de violência

A Torcida Jovem do Flamengo tem longo histórico de envolvimento em episódios violentos. Na última terça-feira (17), a Justiça do Rio de Janeiro determinou novo banimento da organizada dos estádios e de eventos esportivos por dois anos, após confusão registrada em 31 de agosto.

O afastamento ocorre poucos meses depois do fim de outra punição: a TJF já havia ficado três anos proibida de frequentar estádios, entre 2021 e 2024, por envolvimento em tumultos de 2015 em jogos contra Macaé e Botafogo.

Operação contra torcidas

Na quinta-feira (18), a Polícia Civil também prendeu dois integrantes de torcidas organizadas em outra operação. Segundo as investigações, eles usavam redes sociais para marcar confrontos violentos. Uma das prisões foi em flagrante por porte ilegal de arma e a outra por resistência contra policiais.

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