Saúde

Prefeitura de São Gonçalo apresenta dados sobre febre maculosa

Secretaria de Saúde descarta surto da doença e apresenta ações de prevenção adotadas

Diretor clínico do PA garante que profissionais estão aptos a atender casos da doença (Foto: Elisângela Bicalho/PMSGRA)
Diretor clínico do PA garante que profissionais estão aptos a atender casos da doença (Foto: Elisângela Bicalho/PMSGRA)

A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo promoveu na tarde de quinta-feira (4) uma reunião na Câmara Municipal com representantes de entidades e associações, secretários e vereadores para apresentar os dados da febre maculosa no município.

A iniciativa visa tranquilizar a população e informar sobre as medidas adotadas. De acordo com a secretária de Saúde, Carolina Duarte, não há surto da doença na cidade. "Tivemos um óbito e duas suspeitas, sendo que uma já foi descartada e a outra segue em análise", explicou. A secretária garantiu ainda que foram adotadas medidas para prestar atendimento aos casos suspeitos. "Desde que tomamos conhecimento da ocorrência, iniciamos as investigações para a coleta de dados, criamos o Protocolo Multiprofissional da Febre Maculosa, onde orientamos os profissionais de saúde como atuar e entrar com a terapêutica adequada, além de reunião com representantes da Agricultura e do Meio Ambiente para definir ações de prevenção e controle do vetor", afirmou Carolina.
 
No encontro, a coordenadora da Vigilância em Saúde, Elaine Fagundes, relatou todo o procedimento realizado diante da suspeita da doença. Segundo ela, todos os exames são encaminhados ao laboratório de referência do Estado de Minas Gerais (Funed) e o município segue todas as orientações da Vigilância em Saúde do Estado.
 
Os sintomas da febre maculosa foram abordados pelo diretor clínico e responsável técnico do Pronto Atendimento, o médico Mário Carlos Pinto e Souza.  Ele ressaltou que, o início costuma ser abrupto e os sintomas são inespecíficos (febre, em geral alta; cefaléia; mialgia intensa; mal-estar generalizado; náuseas; vômitos). "Ao sentir os sintomas, a pessoa deve procurar o posto de saúde para que sejam investigadas as causas", alertou o médico.
 
O controle do vetor foi outro tema debatido na reunião. O secretário de Meio Ambiente, Francisco Couto Júnior, explicou que, com relação às capivaras, não há como eliminá-las, uma vez que o extermínio do animal é crime inafiançável. O veterinário do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Nissan Felix, alertou que a população precisa estar atenta e cuidar dos animais para que os mesmos não sejam hospedeiros do carrapato transmissor da doença. "Os donos de equinos e de cachorros têm que ficar atentos e sempre dar banhos com carrapicidas em seus animais", destacou.
 
Ainda no mês de janeiro, a Prefeitura vai promover uma palestra para orientar a população e os proprietários de animais sobre a importância do controle do vetor para se evitar a propagação da doença.

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