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Gilvan garante realização da Copa Sul-Minas-Rio, mas sinaliza trégua

Presidente do Cruzeiro e da Primeira Liga mostra-se decepcionado com nota emitida pela CBF, mas garante estar aberto ao diálogo com dirigentes do futebol brasileiro

Gilvan Tavares afirma que competição vai ocorrer na temporada (Foto: Fernando Martins)
Gilvan Tavares afirma que competição vai ocorrer na temporada (Foto: Fernando Martins)

A nota emitida pela CBF, nesta segunda-feira, proibindo a realização da Copa Sul-Minas-Rio em 2016, pegou também de surpresa o presidente do Cruzeiro e da Liga, Gilvan de Pinho Tavares. Ele acreditava já estar tudo certo para a realização do torneio e chamou de absurda a medida adotada. O dirigente garantiu que a competição será disputada, mas que está aberto a conversar com quem não está a favor da realização do novo torneio.

Durante a participação no lançamento do Campeonato Mineiro, o dirigente disse ainda não acreditar em punição aos clubes, caso a competição ocorra e, assim, desrespeitando o veto da CBF.

- Evidentemente estamos abertos ao diálogo, vamos continuar a jogar os jogos e vamos cumprir a tabela. Por que, faltando 72 horas, a CBF se coloca no direito de realizar isso? É uma decepção muito grande, mas vamos continuar. Ele (secretário geral da CBF, Walter Feldman) querer atrapalhar o andamento da Liga é um absurdo. A Liga é independente, a legislação brasileira autoriza a criação da Liga. Nós fizemos tudo de acordo com a lei, tudo da maneira correta. Foram muitos meses de trabalho, para que isso pudesse acontecer na última hora. Tenho certeza que a CBF não vai dar nenhuma punição a nenhum clube, porque não pode, isso não pode. Quem foi ameaçado de punição foram os dois presidentes dos clubes do Rio, porque o presidente da Ferj disse que, por decisão da assembleia geral, eles vão confiscar o dinheiro deles, confiscar da cota de televisão e dividir para os clubes do Rio. E ele não pode fazer isso. Eles vão primeiro para a Justiça Desportiva e depois para a Justiça Comum.

Gilvan de Pinho Tavares disse que a competição irá acontecer e revelou qual teria sido o motivo para a nota emitida pela CBF.

- O que ele (Walter Feldman) me falou foi que ele ficou muito decepcionado com o presidente da Ferj, que o ofendeu demais nesse fim de semana, o que a Liga não tem nada a ver com isso. Já soltamos uma nota oficial, os clubes continuam com eles, foi isso que ficou decidido na última assembleia, e a competição continua. Vamos jogar os jogos de quarta e quinta e estamos abertos para o diálogo com a CBF, não queremos briga com ninguém, não queremos cisão com a CBF. Nós temos 15 grandes clubes do futebol brasileiro jogando a Liga e querendo fazer dela uma grande Liga. A própria CBF já admitiu publicamente que em 2017 a competição será oficial, até com possibilidade de dar uma vaga na Libertadores. 

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, a CBF vetou a realização da disputa em 2016. A entidade resolveu que apenas os jogos marcados até o dia 30 de janeiro poderão ser realizados, desde que em caráter amistoso e dentro do período de pré-temporada estipulado pelo calendário oficial da CBF. O documento convoca os membros do grupo para discutir a inclusão do torneio no calendário da entidade em 2017 "sem nenhuma infringência às leis, regulamentos e estatutos". Poucas horas depois da publicação, a Primeira Liga rebateu a nota da CBF e garantiu o início da competição nesta quarta-feira.

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