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Suspeitas de golpe de falsas indenizações são ouvidas em BH

Polícia deve ouvir 10 mulheres nesta segunda, na Região da Pampulha. Operação prendeu suspeitos em SP e no RJ; investigação começou em MG

Operação prendeu suspeitos de fraude em SP e no RJ (Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Operação prendeu suspeitos de fraude em SP e no RJ (Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)

Dez mulheres presas suspeitas de envolvimento em esquema de estelionato prestam depoimentos na Delegacia de Eventos, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira (31). De acordo com a Polícia Civil, elas são consideradas as líderes do grupo detido na Operação Pecus, que investiga, junto à Polícia Federal, golpes a servidores públicos.

Na última quarta-feira (26), 38 pessoas foram detidas na operação contra o grupo suspeito de aplicar golpes em servidores públicos, pensionistas e militares de todo o Brasil. Em nota, a Polícia Civil informou que espera ouvir, até a próxima quinta-feira (3), os 37 presos que estão em Minas Gerais. Um está detido em São Paulo, segundo a corporação.

Inicialmente, a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais havia divulgado que seriam 39 presos ao todo. A informação foi corrigida pela Polícia Federal neste domingo (30).

Nesta tarde, as suspeitas foram levadas em carros do sistema penitenciário. Elas usavam uniformes, saíram algemadas e acompanhadas por policiais até a delegacia. De acordo com a assessoria da polícia, a previsão é que as 10 mulheres sejam ouvidas nesta segunda.

A operação foi realizada pela Força Integrada de Combate do Crime Organizado de Minas (FICCO), composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Civil, Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros e Seds-MG, a partir da denúncia de uma vítima de Minas. Ela foi lesada em cerca de R$ 1 milhão. O nome da operação é uma referência à palavra pecúlio, que significa reserva em dinheiro ou patrimônio.

"Eles faziam falsas notificações para as vítimas de supostos créditos de benefícios previdenciários, aos quais as vítimas teriam direito. As vítimas recebiam, em suas residências, falsas notificações desses créditos e entravam em contato com os golpistas. Os golpistas se passavam por escritórios de advocacia e exigiam que fossem adiantados valores a título de custas judiciais e impostos. As vítimas adiantavam valores para os criminosos, que realizavam depósitos fictícios na conta das vítimas", explicou o delegado da Polícia Federal Flávio Albergaria.

A quadrilha era liderada por mulheres, e uma delas era a chefe do esquema. Ela foi presa em São Paulo. "Uma característica marcante dessa organização criminosa é que ela é especialmente liderada por mulheres", disse o delegado da Polícia Civil Daniel Araújo.

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