Inezita Barroso: 100 anos do ícone da cultura caipira
Cantora, atriz e apresentadora deixou legado na música e na televisão
Brasília - Nesta terça-feira (4), o Brasil celebra o centenário de nascimento de Inezita Barroso, uma das figuras mais emblemáticas da cultura caipira. Cantora, atriz, instrumentista, apresentadora e pesquisadora, Inezita marcou a história da música brasileira e imortalizou sua paixão pelo folclore e pela identidade interiorana.
Com uma trajetória dedicada à valorização da cultura popular, foi responsável por apresentar o icônico programa Viola, Minha Viola, da TV Cultura, entre 1980 e 2015. O programa se tornou referência no gênero, promovendo tanto artistas consagrados quanto novos talentos da música sertaneja raiz.

Defensora da cultura brasileira
Inezita não apenas interpretava modas de viola, mas também estudava profundamente a cultura popular. O jornalista e pesquisador Aloisio Milani, que trabalhou com a artista, reforça sua dedicação:
“Inezita era obcecada pela cultura brasileira. Fazia disso um objetivo de vida.”
O pesquisador Walter de Souza, da USP, destaca que a artista ajudou a preservar a identidade caipira em meio às influências estrangeiras no sertanejo:
“O que sempre a moveu foi a defesa da música brasileira contra o afã do capital como força motriz do crescimento do gênero sertanejo.”
Uma carreira marcada pela arte
Paulistana, Inezita Barroso formou-se em biblioteconomia na USP e recebeu o título de honoris causa pela Universidade de Lisboa por seus estudos sobre o folclore. Atuou no rádio, no cinema e na televisão, além de gravar diversos álbuns que se tornaram referência na música caipira.
Faleceu em 8 de março de 2015, aos 90 anos, deixando um legado inestimável para a música e a cultura brasileira.
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