Coluna

MINHA LISTA

Rio -  “Ninguém sai de um livro igual a quando entrou.” 

Escrevi essa frase depois que li, em uma coluna da Tati Bernardi, na ‘Folha de São Paulo’, um texto-exaltação ao livro.

Era uma lista de livros já lidos pela colunista. Acho que todo mundo que gosta de livros deveria fazer a sua lista.

Fiz a minha:

“Robinson Crusoé”, a obra-prima do escritor inglês Daniel Defoe, foi o primeiro livro que li. O relato autobiográfico fictício da personagem-título, um náufrago que viveu 28 anos em uma ilha remota, me ensinou que viver é lutar, dia-a-dia, pela sobrevivência. 

“Lavoura Arcaica", do escritor Raduan Nassar, foi o primeiro romance que me mostrou a importância de um belo título.

“Sexus, Plexus e Nexus”, uma espécie de autobiografia do escritor Henry Miller, foram três livros que, ainda adolescente, li escondido da minha mãe.

“Emmanuelle”, da francesa Emmanuelle Arsan, foi um livro que li na boléia de um caminhão, numa viagem entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro.

livro Um escorpião na balança
Reprodução. 

“Um Escorpião na Balança”, de Cassandra Rios, foi o primeiro livro da autora que li, fugindo da Ditadura Militar.

"Cem Anos de Solidão" foi o primeiro livro que não consegui ler até o fim.

“Torquato Neto ou A Carne Seca é Servida”, de Kenard Kruel, foi a primeira biografia de um poeta que li. 

“Sonhos são Azuis”, que escrevi com Sheila Ferreira, foi o único livro que li várias vezes. 

“Louca Obsessão”, de Stephen King, foi o primeiro livro que li e vi o filme. E gostei dos dois.

“Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, de Jô Soares, foi o primeiro livro que ganhei do meu filho mais velho, e guardo até hoje, com carinho.

“Sobre a Escrita”, de Stephen King, foi o primeiro livro que levei para a praia e li nos quatro dias de carnaval.

“Aprendendo a Viver”, de Sheila Ferreira, foi um livro que não terminei, por ciúmes.

“O Filho da Grande Sociedade”, de Art Buchwald, foi o primeiro livro que me mostrou que era isso que eu queria fazer da vida.

“Chega de Saudade”, de Ruy Castro, foi o primeiro livro que me mostrou como o Rio de Janeiro é incrível.

“Dinheiro Sujo”, de Lee Child, foi o primeiro livro que li por indicação do escritor Stephen King. E gostei.

“Vendedor de Mulheres”, de Giorgio Faletti; “O Milagre”, de Nicholas Sparks; “A Grande Jogada”, de Molly Bloom e “A Garota do Lago”, de Charlie Donlea, foram os quatro primeiros romances que li no início da pandemia. Todos muito bons.

“Tarso de Castro - 75 kg de Músculos e Fúria”, de Tom Cardoso; “Confesso que Bebi”, do Jaguar e “O Rebelde do Traço - A vida do Henfil”, de Dênis de Moraes, foram os três melhores livros que li sobre a turma que fez O Pasquim.

“O Caçador de Pipas”, de Khaled Hosseini, foi o primeiro livro que demorei meses para ler. Sempre parava para ler outro.

“O Código Da Vinci”, de Dan Brown, foi outro livro que demorei a devorar, mas que valeu a pena ir até o final.

“A Revolução dos Bichos", de George Orwell, foi o livro que me mostrou que todos os animais (e os políticos) são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros.

“O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder, foi o livro que me fez questionar sobre o mundo e sua existência. Me apresentou a filosofia e me fez admirar os filósofos Platão, Aristóteles, Descartes, Espinosa, Kant, Kierkegaard, Hegel e Freud, entre outros.

"O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger, foi outro livro que me pegou pelo título.

Leia livros. Dê livros de presente. 

E, se quiser, faça sua lista.

Ediel Ribeiro (RJ)

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Coluna do Ediel

Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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