Motorista de caminhão bate em posto da PRF por motivações políticas
PF abre inquérito para investigar possível ato terrorista

Brasília - Na madrugada de quarta-feira, 26 de março, um motorista de caminhão bateu intencionalmente em viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia BR-060, no Distrito Federal. O incidente ocorreu enquanto o motorista tentava colidir contra a estrutura do posto da PRF. De acordo com a PRF, o homem estava alcoolizado e ofereceu suborno aos policiais para evitar ser preso.
O motorista, que não teve sua identidade divulgada inicialmente, afirmou em um vídeo que circula na internet que o ato foi motivado por descontentamento com o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por crimes como golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. Ele classificou a ação como "terrorista" e expressou revolta contra o julgamento de Bolsonaro.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que a Polícia Federal (PF) investigará o caso, considerando as motivações políticas e a possibilidade de terrorismo. "Na medida em que uma carreta se joga contra um posto da Polícia Rodoviária Federal, e só não pode atingi-lo porque havia obstáculos na frente, e o autor disse que praticou um ato terrorista, insurgindo-se contra o julgamento que está sendo realizado no Supremo Tribunal Federal, é um fato que preocupa mesmo as autoridades", afirmou Lewandowski.
O caminhão estava em alta velocidade quando ultrapassou barreiras plásticas e um bloqueio policial, avançando pelo acostamento. Sem controle, o veículo passou sobre um quebra-molas e colidiu com viaturas estacionadas da PRF. O motorista foi preso em flagrante por embriaguez ao volante, corrupção ativa e tentativa de homicídio, além da suspeita de terrorismo.
O diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, assegurou que a corporação está preparada para enfrentar ameaças e que os policiais não recuarão em suas missões. Até o momento, o caso parece isolado, mas apenas a investigação poderá confirmar.
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