Mulher é presa por transportar fuzil usado na morte do ex-delegado-geral de São Paulo
Suspeita de 25 anos teria levado a arma da Baixada Santista ao ABC Paulista; polícia aponta ligação com crime organizado e contratos públicos
Belo Horizonte - Uma mulher de 25 anos foi presa temporariamente nesta quinta-feira (18) sob suspeita de envolvimento na morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ela seria responsável por transportar o fuzil usado na execução da vítima, ocorrida em Praia Grande, na última segunda-feira (15).
De acordo com as investigações, a suspeita levou o armamento da Baixada Santista até o ABC Paulista, onde entregou a arma a uma pessoa ainda não identificada. O celular dela foi apreendido para perícia.

Durante coletiva nesta sexta-feira (18), o delegado-geral de Polícia, Artur Dian, destacou as possíveis motivações para o crime.
“As investigações complexas nas quais o ex-delegado-geral participou, que incluem prisões de grandes lideranças do crime organizado, ou por questões do atual trabalho dele, como secretário de administração da prefeitura de Praia Grande, no qual ele seria responsável por autorizar ou não alguns contratos”, afirmou.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, classificou o caso como prioridade para as forças de segurança.
“É uma questão de honra para nós realizar a prisão de todos os que participaram desse terrível crime contra o delegado. Apesar de ele estar aposentado, todos sabemos que ele foi um dos delegados de polícia que mais enfrentaram de frente o crime organizado”, declarou.
Foragidos
Ainda segundo a SSP, outros dois envolvidos foram identificados menos de 24 horas após o crime. A polícia cumpriu oito mandados de busca em endereços ligados a Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, mas eles não foram encontrados e seguem foragidos.
Itens apreendidos nos locais estão em análise pela perícia e devem ajudar a esclarecer o caso.
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