Brasília - O programa Voa Brasil, do governo federal, alcançou a marca de 40 mil reservas realizadas por aposentados nos últimos 10 meses, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (20) pelo Ministério de Portos e Aeroportos. A iniciativa tem como público-alvo aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que nunca voaram ou que estão há pelo menos 12 meses sem utilizar o transporte aéreo.

Segundo o ministério, o número de reservas seria suficiente para lotar 300 aeronaves, considerando a ocupação média de passageiros. “Considerando que o Voa Brasil utiliza assentos ociosos oferecidos pelas companhias aéreas, o número seria suficiente para lotar 300 aeronaves de aposentados desde o início do programa, criado no final de julho do ano passado”, informou a pasta em nota oficial.

O programa é considerado uma ferramenta estratégica para democratizar o acesso ao transporte aéreo, especialmente entre a população idosa de baixa renda. Ao mesmo tempo, colabora para reduzir a ociosidade dos voos comerciais, preenchendo assentos vagos com tarifas sociais.

Destinos mais procurados

De acordo com o relatório, os destinos mais frequentes dos beneficiários do programa estão nas regiões Sudeste (42,5%) e Nordeste (40%). Entre as cidades mais visitadas estão:

• São Paulo

• Rio de Janeiro

• Recife

• Fortaleza

• Brasília

• Salvador

• João Pessoa

• Maceió

• Belo Horizonte

• Natal

No total, o Voa Brasil movimentou 84 aeroportos em todo o país, fortalecendo a malha aérea nacional e ampliando a conectividade entre cidades.

Como funciona

O processo de aquisição das passagens é simples e sem necessidade de cadastro prévio ou pagamento de taxas adicionais. As tarifas são disponibilizadas exclusivamente pelo site oficial do Voa Brasil, onde o aposentado escolhe o destino e é redirecionado à página da companhia aérea parceira para concluir a compra. Os bilhetes têm valor máximo de R$ 200 por trecho.

A única exigência para participação é que o aposentado não tenha utilizado avião nos últimos 12 meses.

Impacto econômico

Segundo o ministério, além de ampliar o acesso ao transporte aéreo, o programa também contribui para estímulos à economia local, com aumento no consumo e geração de empregos em setores como hotelaria, alimentação e serviços turísticos.

“A maior movimentação de passageiros, especialmente em rotas com ociosidade, pode gerar um impacto positivo na economia local, como aumento do consumo e a geração de empregos em hotéis, restaurantes e outros serviços”, destacou o comunicado.

O Voa Brasil é uma das principais apostas do governo para ampliar o uso do transporte aéreo entre as classes de menor renda e promover inclusão social por meio da mobilidade.