Desemprego no Brasil atinge 7% no 1º trimestre, menor taxa da série histórica
Rendimento médio mensal dos trabalhadores também bate recorde, alcançando R$ 3.410

Brasília - O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2025 com uma taxa de desocupação de 7%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30). Embora represente um aumento em relação ao trimestre anterior, quando o índice foi de 6,2%, esse é o menor percentual registrado para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012.
O recorde anterior para o primeiro trimestre havia sido em 2014, com uma taxa de 7,2%. Em comparação com o mesmo período de 2024, quando o desemprego estava em 7,9%, houve uma redução de 0,9 ponto percentual.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento na taxa de desocupação em relação ao último trimestre de 2024 é atribuído a fatores sazonais, comuns nos primeiros meses do ano, e ao crescimento de 13,1% no número de pessoas em busca de emprego, totalizando 7,7 milhões de brasileiros.
Apesar da redução de 1,3 milhão no número de ocupados entre o final de 2024 e março de 2025, o contingente de trabalhadores com carteira assinada manteve-se estável, atingindo 39,4 milhões de pessoas, o maior número já registrado.
A taxa de informalidade, que inclui trabalhadores sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares, foi de 38% no trimestre encerrado em março, a menor desde o terceiro trimestre de 2020.
Em relação à remuneração, o rendimento médio mensal real dos trabalhadores alcançou R$ 3.410, superando o recorde anterior de R$ 3.401 registrado no trimestre encerrado em fevereiro. A massa de rendimentos, que representa o total de salários pagos aos trabalhadores, ficou em R$ 345 bilhões, próxima do recorde de R$ 345,2 bilhões do último trimestre de 2024.
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