Brasil

Lula rebate Trump e nega que Brasil seja mau parceiro comercial

Presidente brasileiro diz que acusação de prejuízo dos EUA é “mentira” e cita superávit de US$ 410 bilhões para americanos em 15 anos

presidente lula
José Cruz/ABR - 

Recife — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (14) que é “mentira” a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Brasil seria um mau parceiro comercial. Em discurso no bairro de Brasília Teimosa, durante entrega de títulos de terra, Lula afirmou que os norte-americanos acumulam superávit expressivo na relação bilateral.

“Ele resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil. E nós estamos desmentindo. Ele disse que tinha prejuízo no comércio com o Brasil. Ele só tem lucro”, declarou o presidente. Lula citou que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos obtiveram US$ 410 bilhões de lucro na balança comercial com o Brasil.

A fala de Lula foi uma resposta às críticas feitas por Trump mais cedo, quando o presidente americano disse que o Brasil “tem sido um parceiro comercial horrível em termos de tarifas”. Segundo a agência Reuters, Trump afirmou que o país cobra “tarifas tremendas” dos produtos norte-americanos, muito acima do que os EUA aplicavam aos brasileiros.

“Como vocês sabem, eles nos cobram tarifas tremendas, muito mais do que nós cobrávamos deles. Não estávamos cobrando nada, essencialmente”, disse Trump.

O líder americano também mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), classificando o processo como uma “execução política”. Ele justificou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como reação ao que considera “perseguição política” contra Bolsonaro.

“Agora eles estão sendo cobrados em 50% de tarifas, e eles não estão felizes, mas é assim que as coisas são”, declarou Trump.

Lula, no Recife, rebateu o argumento e afirmou que o Brasil continuará aberto à negociação. “Eu quero dizer, para as pessoas mais pobres desse país, que a gente continua com vontade de negociar”, afirmou.

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