Bolsonaro permanece estável na UTI após cirurgia abdominal; equipe médica descarta novas complicações
Ex-presidente segue em recuperação no Hospital DF Star, sem previsão de alta, após apresentar piora clínica na véspera

Brasília - O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma complexa cirurgia abdominal no último dia 13 de abril. Segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (25), seu quadro clínico é estável, sem novos picos de pressão arterial, e os exames de imagem indicam evolução normal do pós-operatório, descartando a necessidade de novos procedimentos cirúrgicos.
Na quinta-feira (24), Bolsonaro apresentou piora clínica, com elevação da pressão arterial e alterações nos exames laboratoriais hepáticos, o que levou a equipe médica a realizar tomografias de tórax e abdômen. Os resultados foram compatíveis com uma recuperação pós-operatória dentro do esperado, sem evidências de complicações.
O ex-presidente permanece em jejum oral e com pausa temporária da nutrição parenteral. Continua realizando fisioterapia motora e medidas de prevenção de trombose venosa. Não há previsão de alta da UTI e a recomendação de não receber visitas persiste. Contrariando a recomendação médica, Bolsonaro tem recebido visitas de apoiadores como o pastor Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A cirurgia realizada em 13 de abril teve duração de 12 horas e consistiu na extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal, decorrentes de complicações de uma facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. A obstrução, de acordo com a equipe medica, era resultante de uma dobra do intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal, e foi desfeita durante o procedimento de liberação dessas aderências.
Durante sua internação, Bolsonaro foi formalmente notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o início de um processo por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A intimação ocorreu no dia 23 de abril, o que, segundo relatos, causou estresse e aumento da pressão arterial no momento da notificação.
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