Coluna

Se a oportunidade não existe, crie

 

Sempre discuto com os meus clientes sobre a necessidade de criar, de empreender. Percebo que, lamentavelmente, nem todos conseguem ver um palmo além do nariz; outros se assumem “conservadores” e ponto final.

E a grande maioria prefere apenas se lamentar. Culpar a todos pelos insucessos: é a crise, é a gestão, são os dirigentes. Todos são culpados, menos ele mesmo. Mantive contato com um empresário que só livrou a própria mãe: todas as demais pessoas eram culpadas do seu fracasso empresarial. O interessante é que nas proximidades, mas, bem perto mesmo, o seu concorrente ia muito bem. Fui visitar o tal concorrente e não observei nada de anormal, nem ilícito.

Não pessoal, não estou negando que o momento econômico esteja muito crítico. O que estou afirmando, categoricamente, é que ficar se lamentando, se sentindo um coitadinho, sofrendo da síndrome do pobre coitado, não vai levar a lugar nenhum. Enquanto essas pessoas gastam as suas energias para se lamentar, outras gastam as energias para criar, agir, se sentir e ser produtivo.

Outro dia recebi uma mensagem, que falava que dois profissionais distintos foram prospectar o mesmo mercado em uma determinada região. O primeiro percebeu que naquele local ninguém usava o produto e informou à empresa que ali não havia mercado porque NINGUÉM usava o produto; o segundo quando chegou ao mesmo local comunicou à empresa que aumentasse a produção pois NINGUÉM ali usava o citado produto.  Conseguem perceber a diferença?

Na sua vida, você também pode agir assim: ver alguns fatos como obstáculos ou como motivadores. Não estou dizendo que é tudo fácil, mas pode ter certeza de uma coisa: se você agir, criar, for proativo, as chances de sucesso serão enormes.

A vida é feita de escolhas e você pode optar em acreditar ou não no que estou escrevendo. Mas, para defender a minha tese, fortalecer o que estou dizendo, quero relatar um fato: recentemente, nas redes sociais e na imprensa, circulou a informação que um homem foi às ruas do Recife buscar emprego de uma maneira diferente: fez um cartaz e se colocou à disposição para trabalhar. A foto que ilustra esse artigo fala por si só. O que ele fez? Criou a oportunidade! 

O seu nome é Thomaz Richard Cordeiro, 33 anos. No meu entendimento isso é ter proatividade, é ser criativo e estrategista. Características que fazem a diferença no comportamento de um profissional de sucesso e, portanto, apreciadas pelos gestores. Parabéns ao Thomaz pela iniciativa e pelo novo emprego. Pelo novo emprego, sim, pois ele já foi contratado!

E você? O que tem feito? Reclamado, chorado ou criado oportunidades? Lembre-se: a vida é feita de escolhas e você tem o direito de escolher o que quer para si: seja lamentação ou sucesso. Pense nisso. Aja e seja feliz!

Odilon Medeiros - Mestre em Administração, Especialista em Psicologia Organizacional, Coach, Pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em Vendas, consultor e palestrante

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