Política

Prefeito no Sul de Minas é afastado do cargo após auditoria em contas públicas

Rêmolo Aloíse, prefeito de São Sebastião do Paraíso, foi afastado pela Câmara por 90 dias. Vereadores instauraram comissão processante para averiguar desvio de R$ 11 milhões

Rêmolo Aloíse (Foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 05/07/07)
Rêmolo Aloíse (Foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 05/07/07)

A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, vive uma crise sem precedente no município. Atrasos no repasse de verbas da União e do Estado foram o estopim para o afastamento nessa quinta-feira (16) do prefeito Rêmolo Aloíse (PMDB), em votação na Câmara municipal. Também houve a exoneração de sete secretários e, ainda, de 87 funcionários que ocupavam cargos em comissão.

Sete vereadores votaram pelo afastamento do prefeito por 90 dias. Dois votaram contra e um se absteve. No lugar de Aloíse, assume o vice-prefeito Daniel Mendonça, que é filho do prefeito.

Auditoria

O processo para afastamento do prefeito Rêmolo Aloíse surgiu a partir de uma auditoria do Ministério Público (MP) estadual nas contas da Prefeituta de São Sebatião do Paraíso. Na investigação do MP foi verificado que os repasses da União e do Estado para uso exclusivo na saúde do município estavam sendo depositados em outra conta da administração municipal.

Agora, a comissão processante da Câmara de São Sebatião tem até 90 dias para concluir o processo, com levantamento dos recursos desviados, e definição do julgamento do prefeito, que poderá ter o mandato cassado.

De acordo com informações da Santa Casa de São Sebastião do Paraíso, a dívida do município com a instituição pelo não repasse das verbas da União e do Estado já ultrapassa os  R$ 11 milhões. O prefeito afastado Rêmolo Aloíse nega a dívida da prefeitura com a Santa Casa.

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