O presidente em exercício Michel Temer disse nesta quinta-feira que, apesar das declarações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que o acusou de recebimento de propina, nada o impedirá de continuar na Presidência da República para "trabalhar para o povo brasileiro"
O presidente interino Michel Temer (PMDB) fez um breve pronunciamento à imprensa na manhã desta quinta-feira para chamar de "irresponsável, leviana e mentirosa" as declarações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, feitas em delação premiada, acusando Temer e outros 20 políticos de recebimento de propina em esquema de corrupção instalado na Petrobras. "Não vamos tolerar afirmações dessa natureza. Não deixarei passar em branco essas afirmações levianas, irresponsáveis e mentirosas. Falo com palavras indignadas, é o meu estilo. Essa leviandade não pode prevalecer", disse o presidente em exercício, que também prometeu vir a público toda vez que fatos similares ocorrerem.
Temer ainda fez questão de dividir a sua indignação na condição de homem e de presidente da República. Na primeira divisão, que ele acabou reconhecendo não haver como separar o homem do cargo que ocupa, disse que estava dando satisfação a familiares e amigos. Como presidente da República em exercício, Temer disse que manteria a "serenidade" que o cargo exige. " Porque nada embaraçará o nosso desejo e a missão de continuarmos trabalhando em prol do Brasil", afirmou.
Temer também fez um relato sucinto do primeiro mês de governo, completado no último dia 12, afirmando que já conseguiu aprovar "medidas necessárias" para retirar o país "da crise em que foi mergulhado". A aprovação das matérias no Congresso foram atribuídas por Temer "à relação fértil" que o governo interino tem mantido com o Parlamento.
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