Áudios revelam que partidos financiaram campanha do MBL por impeachment
Movimento Brasil Livre, que se diz apartidário, teve apoio financeiro para emissão de panfletos, custeio de lanches e de carros de som nos protestos organizados pelo fim da corrupção e saída da presidente Dilma Rousseff
Áudios divulgados nesta sexta-feira revelam negociação de ajuda financeira entre membros do Movimento Brasil Live (MBL), entidade civil fundada em 2014 para defender o impeachment de Dilma, e partidos políticos como o PMDB, Solidariedade, DEM e PSDB. As informações são do portal de notícias UOL.
De acordo com o site, o movimento negociou auxílio para a impressão de panfletos, custeio de transporte e lanches para os protestos e ainda aluguel de carros de som.
De acordo com a gravação, o PMDB teria financiado 20 mil panfletos distribuídos pelo MBL na manifestação do dia 13 de março com os dizeres "Esse impeachment é meu". No áudio, um dos coordenadores nacionais do MBL, Renan Antônio Ferreira dos Santos, afirma a um colega que além do PMDB, os seguintes partidos ofereceram ajuda para o protesto de 13 de março: o DEM, PSDB e o SD.
O Solidariedade afirmou que prestou apoio ao MBL, porém convocando militância para as ruas e fornecendo carros de som, e não com auxílio financeiro. Já o DEM negou qualquer tipo de ajuda material.
Com o PSDB, o contato foi intermediado pelo secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira. Na gravação, ele negocia apoio para uma manifestação no dia 11 de maio, em Brasília, enquanto foi votado no Senado o afastamento de Dilma. Oliveira declarou que a "parceria" acabou não acontecendo, mas que a intenção era custear viagem de manifestantes à capital federal.
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