Belo Horizonte - O pastor João das Graças, de 54 anos, confessou ter assassinado a adolescente Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu no último domingo (9), e o suspeito foi preso na terça-feira (11), conforme registro da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

De acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas relataram que a vítima foi vista entrando em um carro no dia do crime. Outra testemunha informou ter presenciado um homem agredindo uma mulher na mesma região. A partir da placa do veículo identificado, a polícia rastreou o suspeito e entrou em contato com sua esposa, que informou que o marido estava desaparecido desde domingo, data do desaparecimento da adolescente.

Os agentes localizaram João das Graças na residência de sua mãe. Segundo a PCMG, ele não resistiu à abordagem policial e confessou o crime, indicando o local onde o corpo da adolescente havia sido deixado. O corpo de Stefany Vitória foi encontrado em uma área de mata na divisa entre Esmeraldas e Ribeirão das Neves, próxima ao bairro onde tanto a vítima quanto o pastor moravam. A Polícia Civil segue investigando o caso.

Premonições e sentimentos de medo antecederam o crime, relata família

Familiares da vítima afirmam que Stefany Vitória teve pressentimentos negativos antes de sua morte. A adolescente relatou à mãe que sentia que algo ruim iria acontecer, mencionando pesadelos frequentes e a sensação de estar sendo ameaçada. Segundo a irmã da vítima, Camila Teixeira, de 27 anos, os episódios ocorreram enquanto a família frequentava a igreja Pentecostal Frutos do Espírito Santo, liderada pelo pastor preso.

"Ela nunca associou diretamente esses sentimentos ruins ao pastor, mas ficou mais tranquila depois que paramos de frequentar a igreja", afirmou Camila.

Após a divulgação do crime, populares incendiaram o carro do pastor, que estava estacionado no imóvel onde funcionava a igreja e também servia como residência do suspeito. As chamas atingiram parte do imóvel. A PCMG continua as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime e se houve outros envolvidos.