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Prefeitura firma parceria com banco de alimentos da Ceasa

A proposta é aumentar a validade das frutas, hortaliças e dos legumes doados ao banco de alimentos (Foto: Divulgação)
A proposta é aumentar a validade das frutas, hortaliças e dos legumes doados ao banco de alimentos (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, apresentou na tarde da última terça-feira (21), no auditório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, uma parceria com o Instituto Ceasaminas para a captação de alimentos.

Por meio do Prodal – banco de alimentos da Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa) – a Prefeitura pretende abastecer as escolas municipais, os Centro de Referência de Assistência Social  e Centro de Referência Especializado de Assistência Social, além das instituições carentes cadastradas na Secretaria Municipal de Ação Social, com alimentos captados pelo instituto Ceasaminas.

De acordo com Ricardo Carnaval Furtado, presidente do Prodal, a proposta é aumentar a validade das frutas, hortaliças e dos legumes doados ao banco de alimentos. “Quando a gente recebe o alimento, ele já está em um estado de maturação elevado. Não quer dizer  ruim, mas não vai durar mais que dois dias. Então, nós desidratamos esses alimentos e acabamos com o curto prazo de validade, já que essa técnica permite conservá-los até um ano, sem que as propriedades nutricionais sejam alteradas”, explicou Ricardo Furtado.

No entanto, segundo ele, apesar de o Prodal ser abastecido através de doações e da captação dos alimentos que seriam desperdiçados na Ceasa, “o nosso custo de operação e com a mão de obra para esse processo de desidratar os alimentos, é alto”, informou Ricardo. Além disso, o instituto também não consegue captar todos os alimentos descartados. “O que eu consigo pegar dentro da Ceasa não chega a ser 20% do que é desperdiçado lá dentro. Não temos estrutura para recolher o resto. Por isso, queremos desenvolver uma parceria com as prefeituras para ampliar o número de instituições que atendemos”, ressaltou o presidente do Prodal.

Parceria

Esse modelo de parceria desenvolvido com a Prefeitura de Itabira é pioneiro. “Nós ajudamos algumas prefeituras, mas não tem uma contrapartida e nem incentivo de ambos os lados para funcionar melhor e que permita ampliar a nossa produção”, lamentou Ricardo Furtado. Ainda segundo ele, “Trabalhamos com 154 instituições, atendemos por volta de 120 mil pessoas por mês e a Prefeitura de Itabira será a primeira nesse modelo”, revelou o presidente do Prodal.

O evento foi o segundo contato da Prefeitura com a Ceasa e, o secretário de Agricultura e Abastecimento, ainda não definiu os termos da parceria após a compra das sopas. “Queremos captar os alimentos no Prodal, mas ainda não definimos como será o apoio da Prefeitura para que não tenhamos custo. Iniciamos uma conversa sobre ceder mão de obra para o instituto, mas ainda não é certo”, informou William Gazire.

A Prefeitura de Itabira pretende comprar do Prodal a Vita sopa – um concentrado desenvolvido pelos nutricionistas do instituto com os alimentos dispensados pelos produtores – se os possíveis clientes de Itabira aprovarem o sabor. A sopa é composta por batata, cenoura, beterraba, mandioca, macarrão e lecitina de soja. Hoje, como informou Ricardo Furtado, a capacidade de produção do Prodal é de 160 mil refeições – equivalente a um prato de sopa – por mês.

De acordo com William Gazire cada pacote de um quilo da sopa rende 40 refeições e custa R$ 0,60. “O produto tem excelente valor nutricional e a Ceasa tem mecanismos de repassá-lo onde há necessidade de alimentos. Como também somos uma secretaria de abastecimento, aprovamos o projeto e o modelo de produção. Agora depende da aceitação do nosso público”, informou o secretário.

Para Thaís Linhares, gestora do projeto de parceria com a Ceasa, futuramente é possível inserir a técnica de desidratação de alimentos no banco de alimentos do município. “A sopa tem todas as propriedades nutricionais e serve para substituir o almoço uma vez por semana. Além disso, podemos pensar em usar essa técnica em nosso banco de alimentos para evitar desperdício e gerar economia”, concluiu Thaís.

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