Cidades

Minas já teve 16 roubos de celulares de jogadores de Pokémon Go

Levantamento feito pela Polícia Militar apontou que até mesmo cidades com menos de 30 mil habitantes, como Jaboticatubas, Coromandel e Carmo do Paranaíba, tiveram ocorrências relacionadas ao jogo que virou febre mundial

Com menos de uma semana desde o lançamento do jogo Pokémon Go no Brasil já foram registrados 16 casos de furto, roubo ou extorsão envolvendo pessoas que caçavam os monstrinhos virtuais em Minas Gerais. Entre os municípios que tiveram ocorrências está Jaboticatubas, na região metropolitana de Belo Horizonte, que tem pouco mais de 19 mil habitantes. 

Conforme levantamento feito pela Polícia Militar (PM) entre o dia 3 de agosto (quando o jogo chegou ao país) e este domingo (7), a cidade com maior número de registros segue sendo a capital mineira, que teve cinco casos envolvendo o aplicativo de celular, sendo quatro roubos e uma extorsão. Logo em seguida vem o município de Ituiutaba, que até então já teve dois furtos de celulares de jogadores. 

Além de Jaboticatubas, também registraram uma ocorrência cada as cidades de Coromandel, que tem cerca de 28 mil habitantes, e Carmo do Paranaíba, que tem uma população que gira em torno de 30 mil pessoas. Além destes municípios, também apresentaram uma ocorrência cada os municípios de Pedro Leopoldo, João Monlevade, Contagem, Montes Claros, Governador Valadares e Uberlândia. 

Ainda de acordo com a Polícia Militar, os dados do levantamento incluem somente os delitos sofridos por vítimas que afirmaram no registro da ocorrência que estavam jogando Pokémon Go. Entretanto, a corporação salienta que este número pode ser maior, uma vez que pessoas com seguro do telefone ou até mesmo por negligência podem ter omitido a informação relativa ao jogo. 

"Um exemplo dessa negligência seria em ocorrências de trânsito, onde a pessoa envolvida, se estivesse jogando no trânsito, não assumiria essa infração para evitar possíveis representações civis ou até penais", finaliza a PM. 

Logo após o lançamento do jogo no Brasil a Polícia Militar de Minas Gerais, por meio da página no Facebook PMMG Mirim, criou um alerta para os jogadores, dando algumas dicas de segurança. Segundo o chefe da assessoria de imprensa da corporação, capitão Flávio Santiago, a intenção é fazer com que o game seja jogado de forma segura. “A Polícia Militar não pode parar no tempo. Estamos acompanhando esse fenômeno e o alerta é para que não ocorra imprevistos”, explicou o policial.

Na busca dos monstrinhos pelas ruas, o jogador pode perder a atenção para o que acontece ao seu redor. E é aí que mora o perigo. “Quando a pessoa está olhando para o celular, ela perde a visão difusa. Com isso o risco de acidentes ou até de se tornar vítima de um criminoso pode aumentar. É necessário ficar atento a cruzamentos, a outras pessoas que estejam próximas e evitar lugares afastados”, disse o capitão.

Presos no cemitério 

Neste domingo (7), a caça incessante pelos monstrinhos do Pokémon Go fez com que cinco jovens ficassem presos em um cemitério de Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. Eles se distraíram e não viram o fechamento do local.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura da cidade, desde que o jogo chegou ao Brasil, muitos pokémons foram encontrados em cemitérios do município, o que fez com que jogadores deslocassem para esses espaços.

Nesse domingo, durante um sepultamento, os jovens entraram junto com os familiares e amigos do falecido no cemitério da Paz. Após alguns minutos, todos foram embora, mas o grupo permaneceu procurando Pikachu e sua turma. Eles só conseguiram sair depois que pessoas passaram na rua e acionaram o serviço funerário para liberá-los.

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