A Operação Expresso Canadá, deflagrada Polícia Federal, cumpre nesta terça-feira (26) em Belo Horizonte nove mandados de prisão temporária contra suspeitos de integrar um grupo criminoso especializado na importação de mercadorias sem o pagamento de impostos. A fraude teria permitido a sonegação fiscal de R$ 20 milhões. Um décimo suspeito, morador em Salvador, também teve a prisão decretada.
Ao todo, cerca de 100 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal participam da ação. Além das dez prisões temporárias, foram cumpridas 37 ordens judiciais em seis cidades: 16 mandados de conduções coercitivas e 21 de busca e apreensão. Os alvos foram empresas, residências e escritórios de despachantes aduaneiros nas cidades de Belo Horizonte, Salvador, do Rio de Janeiro, de Brasília, São Paulo e Vila Velha (ES).
Os indícios de fraude foram identificados pela Receita Federal em 2014. O órgão constatou que mercadorias procedentes de Miami, nos Estados Unidos, estavam entrando no Brasil de forma fraudulenta. Produtos eletrônicos, materiais de informática e suplementos alimentares, entre outros, eram declarados como se fossem arames e impressoras. Dessa forma, o cálculo do imposto era feito considerando alíquotas de mercadorias de baixo valor.
Os produtos chegavam ao Rio de Janeiro e eram encaminhadas para o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Dali os importadores contavam com a colaboração de servidores públicos.
O nome da operação, Expresso Canadá, faz referência ao bairro Jardim Canadá de Nova Lima (MG), cidade da área metropolitana de Belo Horizonte. No local, um galpão funcionava como depósito de mercadorias da organização.
Os suspeitos de envolvimento no esquema poderão ser multados e responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de facilitação ao contrabando, descaminho, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e contrabando, além dos delitos contra o sistema financeiros. Se condenados, as penas podem variar entre 7 e 18 anos.
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