O prefeito Damon Lázaro de Sena (PV), eleito com mais de 70% dos votos, a cada dia decepciona mais o itabirano. Desde que assumiu o poder, Damon tem gasto o tempo criticando seu antecessor como se ainda estivesse em campanha, mas até hoje não conseguiu sequer montar o seu secretariado. Seu governo parece mais uma rodoviária, onde entram e saem pessoas todos os dias, o que deixa claro que Damon queria apenas chegar ao poder mais não sabia como administrar e nem quem poderia auxiliá-lo nesta tarefa. Damon queria apenas ganhar um alto salário e gozar das mordomias que o poder proporciona.

A intenção do prefeito ficou evidente com a sua primeira ação depois de eleito, que foi articular um aumento de 66% para seu próprio salário e de seus secretários, com a justificativa de que iria montar um governo técnico, que iria colocar Itabira na rota do desenvolvimento para gerar emprego e divisas para o município. No entanto, o seu secretariado prometido é sem dúvida o mais fraco dos últimos trinta anos.

Damon, Gomes e Jadirão.

Damon quis, ainda nos primeiros seis meses de governo, exonerar o seu principal aliado Jadir Eustáquio do Espírito Santo “Jadirão”. Neste curto período de tempo Damon pôde constatar que o seu principal aliado seria também o principal empecilho para administrar o município, mas Jadirão recusou deixar o governo. Damon tinha ainda o advogado Ermiton Machado Gomes “Marmita”, outro de sua confiança, que foi nomeado como auditor e exonerado pouco tempo mais tarde. Depois Damon renomeou Gomes como secretário de governo e outra vez teve que exonerar. O motivo só os dois sabem.

Mais uma vez, de acordo com informações, Damon terá que reconduzir Gomes ao cargo. As informações dão conta de que Gomes reuniu com Damon nesta sexta-feira a tarde, por volta das 15 horas, e fez algumas exigências. O prefeito saiu da reunião decidido a reconduzir Gomes para o cargo de secretário de governo, onde deve tomar posse novamente nesta segunda-feira (27). O que está acontecendo nos bastidores ninguém sabe, mas há alguma anormalidade para exonerar e reconduzir a mesma pessoa para o mesmo cargo em tão pouco tempo.

Neste caso Heitor Bragança, que assumiu há poucos dias o cargo no lugar de Gomes e vinha tomando algumas medidas na tentativa de recolocar o governo nos trilhos e principalmente conter gastos para sanear a dívida do município, deixa o governo sob os aplausos de muitos e críticas de outros. Dentre os insatisfeitos com Heitor estão os vereadores que já haviam ameaçado votar contra os projetos do governo caso o secretário continuasse ferindo seus interesses.

Então, o governo Damon está um “espicha-encolhe”. Um secretário sai um dia pelas portas dos fundos e retorna no outro pela porta da frente. É o que diz a sabedoria popular: “O que começa mal, termina mal”.