Belo Horizonte - A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) prorrogou até o dia 30 de setembro o prazo para o envio de propostas de ações estratégicas voltadas ao enfrentamento da corrupção, da lavagem de dinheiro e do financiamento ao terrorismo. A chamada pública, que se encerraria em 18 de agosto, agora permite que cidadãos, instituições acadêmicas, organizações da sociedade civil, órgãos públicos e entidades privadas participem do processo.

As propostas recebidas servirão de base para a agenda da rede em 2026 e devem ser submetidas por meio de formulário eletrônico específico, disponível no site da Enccla. Cada formulário só poderá conter uma proposta.

Três eixos de atuação

De acordo com o edital, as ações devem apresentar resultados concretos e de impacto. Elas estão organizadas em três eixos temáticos:

1. Crime organizado e cadeias produtivas – foco na cooperação interinstitucional e uso de tecnologia para rastrear ativos, bloquear fluxos financeiros ilícitos e responsabilizar envolvidos.

2. Crimes ambientais e fluxos financeiros ilícitos – fortalecimento da capacidade estatal para prevenir e punir crimes ambientais, desarticulando redes criminosas que utilizam atividades ilegais para lavagem de dinheiro.

3. Integridade, transparência e controle – estímulo à integridade pública e privada, transparência ativa, auditoria governamental eficaz e participação social para prevenir e punir casos de corrupção e fraudes.

Participação e seleção

Para enviar uma proposta, é necessário se identificar com documento oficial, CPF ou CNPJ, além de informar contatos. Também é preciso indicar o eixo temático, a forma de atuação (prevenção, detecção ou punição) e os objetivos estratégicos da Enccla relacionados à iniciativa.

As propostas poderão ser ajustadas ou reunidas durante o processo de seleção e apresentadas na plenária anual da Enccla, marcada para ocorrer entre os dias 24 e 27 de novembro de 2025, em Brasília.

Criada em 2003, a Enccla reúne cerca de oitenta instituições dos três Poderes, do Ministério Público e de entidades parceiras. Sua missão é articular políticas públicas e desenvolver soluções para combater a corrupção, a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.