O diretório estadual do PMDB de Santa Catarina decidiu ontem (14) abandonar seus cargos no governo federal. Essa foi a primeira saída oficial por parte da legenda, apesar de o partido ter decidido, no fim de semana, que adiaria qualquer decisão de se retirar do governo da presidenta Dilma Rousseff por pelo menos 30 dias.
Como consequência direta da posição do diretório catarinense, o presidente da Eletrosul, Djalma Berger, e o da Embratur, Vinícius Lummertz, ambos indicados pelo PMDB catarinense, devem entregar os cargos. Eles participaram da reunião que definiu a saída dos políticos ligados ao partido no estado.
Segundo o presidente do PMDB em Santa Catarina, deputado federal Mauro Mariani, o diretório estadual propôs na convenção nacional da legenda que o partido deixasse o governo imediatamente. “Também avisamos que os peemedebistas de Santa Catarina colocariam os cargos no governo à disposição mesmo que o partido optasse pelo aviso prévio [de 30 dias]”, explicou Mariani.
O deputado ressaltou, ainda, que a saída do PMDB do governo Dilma, em nível nacional, será “inevitável”. Ele afirmou acreditar que mais de 80% da base do partido deseja a independência da legenda.
“Para mim, está claro que esse governo não tem mais condições de propor nada para o País. Não tem apoio político para aprovar matérias que são importantes para tirar o Brasil da crise. A partir de agora, eu espero que o PMDB tenha uma postura de independência para buscar uma saída dessa situação”, finalizou Mariani.
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