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Com chance de volta por cima, Jô é o último remanescente de quarteto

Campeões da Taça Libertadores de 2013, Bernard, Ronaldinho Gaúcho e agora Diego Tardelli não vestem mais a camisa do Atlético-MG

Jô treina entre os reservas na pré-temporada do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / CAM)
Jô treina entre os reservas na pré-temporada do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / CAM)

No primeiro semestre de 2013, o quarteto de frente do Atlético-MG formado por Ronaldinho Gaúcho, Bernard, Diego Tardelli e parecia jogar por música. Na ocasião, o Galo conseguiu a melhor campanha na fase de grupos da Taça Libertadores da América e conseguiu avançar na competição até ficar com o título, derrotando o Olímpia-PAR, nos pênaltis, na decisão da competição, no Mineirão. Tudo isso com participação fundamental dos quatro jogadores. Na época, Jô terminou a disputa como artilheiro, com sete gols, e deixou o próprio companheiro Diego Tardelli para trás, com seis.  

Dois anos depois, o Atlético-MG segue como um dos representantes brasileiros na competição continental, feito que também ocorreu em 2014. Mas para a Libertadores de 2015, a equipe chega com apenas um dos quatro jogadores que encantaram a América, já que Bernard atualmente defende o Shakhtar Donestsk, da Ucrânia, Ronaldinho joga pelo Querétaro, do México, e agora Tardelli, que ruma para a China onde defenderá o Shandong Luneng. Restou Jô, que em meio a atos de indisciplina, multas e faltas a treinos tem nova chance para dar a volta por cima no alvinegro.  

Reintegrado recentemente ao plantel comandado por Levir Culpi, a pedido do próprio treinador, o remanescente da conquista da América terá que suar muito e provar que realmente quer dar sequência à carreira. O jogador garante que as lições foram tiradas e que espera dar continuidade a uma história com altos e baixos no Atlético-MG.

- O Levir, a diretoria, e o presidente, me deram mais uma chance, agradeço muito, inclusive aos torcedores, que onde me encontravam, me davam apoio. Fico muito feliz por isso. (Acho que) 2015 é como se fosse um recomeço, começar do zero, conquistar a confiança do treinador, voltar a jogar, fazer gols, é uma nova vida daqui para frente – disse o atacante.

Se no discurso Jô mostrou habilidade, ele terá que fazer muito mais para confirmar isso dentro de campo. Mesmo com a saída de Diego Tardelli, ele não é nem de longe a primeira opção do treinador para ocupar uma das vagas de titular. Lucas Pratto chegou com status de titular e confirmou isso nos dois primeiros trabalhos técnicos coordenador por Levir. Nas outras posições Dátolo, Luan e Maicosuel apareceram entre os onze. Carlos, que terminou o ano passado com uma das vagas, também está de fora, mas entrou no decorrer do último treinamento e foi observado. Enquanto isso, Jô treinou somente entre os reservas.  

Outro fato que pesa contra o centroavante é o fato de Levir ter encontrado uma maneira de jogar no segundo semestre de 2014. Sem um homem de área como referência e com jogadores leves e insinuantes no ataque, ele conquistou a Copa do Brasil.  

A favor de Jô tem a experiência na competição continental e a possibilidade de dar a volta por cima com a camisa do Atlético-MG. Mas pelo que se tem visto neste início de trabalho na Cidade do Galo, Jô terá que suar para permanecer como dono da camisa 7 e talvez até mudar o estilo de jogo que o tornou profissional.

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