Economia

Atividade econômica do Brasil cresce 0,9% em janeiro

Índice do Banco Central aponta avanço de 3,8% em 12 meses

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José Paulo Lacerda / CNI - 

Brasília - A atividade econômica brasileira registrou crescimento de 0,9% em janeiro de 2025, após queda no mês anterior, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira (17). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) atingiu 154,6 pontos, refletindo a recuperação da economia no início do ano.

Na comparação com janeiro de 2024, a alta foi de 3,6%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses também apresentou resultado positivo, com crescimento de 3,8%.

O que é o IBC-Br?

O IBC-Br é um indicador que ajuda a medir o nível de atividade econômica do Brasil e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) na definição da taxa Selic. Ele considera informações da indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Impacto na Selic e na inflação

A taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, deverá ser elevada para 14,25% ao ano na reunião do Copom desta semana. O Banco Central tem utilizado os juros como ferramenta para conter a inflação, que segue pressionada.

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – ficou em 1,31%, impulsionado pelo aumento na conta de energia elétrica. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula 5,06%, acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo governo.

PIB e perspectivas

Embora o IBC-Br seja um termômetro da economia, ele não substitui o Produto Interno Bruto (PIB), indicador oficial medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão, sendo a maior taxa desde 2021.

O mercado financeiro, no entanto, reduziu suas projeções para os próximos anos. Para 2025, a expectativa de crescimento do PIB caiu para 1,99%, enquanto para 2026 a previsão foi ajustada para 1,6%.

Com a inflação pressionando os preços e os juros em alta, o Banco Central segue atento aos desafios econômicos que o Brasil enfrentará nos próximos meses.

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