Morre José Maria Marin, ex-presidente da CBF e ex-governador de São Paulo, aos 93 anos
Dirigente esteve à frente da entidade entre 2012 e 2015 e foi condenado por corrupção no escândalo da Fifa

Brasília - Faleceu na madrugada deste domingo (20), em São Paulo, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, aos 93 anos. A causa da morte não foi divulgada até o momento. A informação foi confirmada pela assessoria da CBF.
Marin comandou a CBF entre 2012 e 2015, período marcado por polêmicas e denúncias. Antes da carreira no futebol, teve trajetória política como vice-governador de São Paulo (1979–1982) e governador (1982–1983), em tempos de regime militar, sem eleições diretas para os cargos executivos.
Prisão e condenação nos EUA
Em maio de 2015, Marin foi preso na Suíça, ao lado de outros dirigentes da Fifa, acusado de envolvimento em um esquema de corrupção internacional relacionado a direitos de transmissão de eventos esportivos. O caso fez parte da maior operação anticorrupção já realizada no futebol mundial, promovida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Extraditado para os EUA, ele pagou fiança de US$ 15 milhões e permaneceu em prisão domiciliar em Nova Iorque. Em dezembro de 2017, Marin foi condenado a quatro anos de prisão por fraude bancária, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. O Comitê de Ética da Fifa o baniu do futebol de forma vitalícia em 2019, por recebimento de propina.
Em 2020, retornou ao Brasil após o cumprimento da pena.
Episódio da medalha e notoriedade pública
Marin também ficou conhecido em janeiro de 2012, pouco antes de assumir a presidência da CBF, ao guardar uma medalha no bolso durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior, sem entregá-la aos atletas. O episódio ganhou grande repercussão. A justificativa oficial foi de que a medalha havia sido entregue a ele como cortesia, mas um jogador do Corinthians, campeão naquele ano, ficou momentaneamente sem o prêmio.
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