Belezas naturais de Minas são atrativo no período de férias
Quedas d’água nas mais diferentes regiões do estado convidam turistas para passeios refrescantes
Quem procura destinos de viagem para maior contato com natureza e um bom banho de cachoeira nas férias não pode deixar de considerar o ‘mar’ de montanhas de Minas Gerais. Com milhares de quedas d’água catalogadas, o estado abriga riquezas naturais nas mais diversas regiões. Independentemente do roteiro e do tempo disponível, há opções que se encaixam em variadas propostas de passeio. Vale lembrar que deve-se ter o cuidado de optar pelo passeio em temporada de tempo firme, sem previsão de chuvas.
A superintendente de Marketing Turístico da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Fernanda Fonseca, explica que a maioria dos tradicionais roteiros turísticos em Minas Gerais, seja pela gastronomia ou pelas cidades históricas, por exemplo, tem cachoeiras próximas. Isso ajuda a diversificar os programas e torná-los ainda mais agradáveis a todos os públicos.
“Sempre há uma cachoeira por perto quando o destino escolhido é Minas Gerais, seja para uma viagem de muitos dias ou de apenas um fim de semana. Em todas as regiões, é possível conferir essas belezas naturais e, ainda, conciliar com outras experiências turísticas, como conhecer roteiros de queijos e azeites e também de patrimônio histórico e geográfico”, afirma Fernanda.
Um exemplo de destino que concilia diferentes experiências é a Serra da Canastra, que abriga centenas de cachoeiras e, entre elas, a Casca D’Anta, considerada a maior queda do Rio São Francisco e a segunda maior do estado. Ela está localizada dentro do Parque Nacional Serra da Canastra, em São Roque de Minas, que atrai visitantes também pela fama na produção de queijos Canastra – 17 medalhas no 4º concurso mundial de queijos “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, na França, em 2019, foram de produtores do município.
Na Serra da Canastra encontram-se, ainda, cachoeiras como do Zé Carlinhos, considerada um refúgio em meio à natureza e localizada no município de Delfinópolis; Cachoeira Maria Augusta, tida para muitos como uma das mais acolhedoras do município de São João Batista do Glória; e a Cachoeira do Fundão, também localizada dentro do parque e vista como um exemplo de natureza preservada – recomenda-se, inclusive, que o trajeto seja feito em veículo com tração nas quatro rodas, acompanhado de guia. O Parque Nacional da Serra da Canastra fica a 443 quilômetros de Belo Horizonte.
Maior de Minas Gerais
Para quem quiser visitar a maior cachoeira do estado e a terceira maior do Brasil, basta ir até a Serra do Espinhaço, no município de Conceição do Mato Dentro. Lá está a Cachoeira do Tabuleiro, que tem 273 metros de queda livre formada a partir de um paredão digno de admiração. Ela foi eleita uma das sete maravilhas da Estrada Real e não decepciona quem se aventura nos cerca de quatro quilômetros de trilha para chegar até o poço. Está localizada no Parque Natural Municipal do Tabuleiro, que integra o Parque Estadual da Serra Geral do Intendente, e fica a 160 quilômetros de Belo Horizonte.
Complexos
Outra opção que reúne conjunto vasto de quedas d’água é o “Complexo da Zilda”, no município de Carrancas, no Sul de Minas Gerais. São muitas cachoeiras ideais para banho, descanso e contemplação. Um dos destaques é o Escorregador Natural da Zilda, uma pedra lisa de cerca de 6 metros, ideal para adultos e crianças que gostam de diversão.
Em Carrancas, que fica a 300 quilômetros de Belo Horizonte, há ainda outros importantes conjuntos que integram belíssimas cachoeiras e piscinas naturais: Complexo da Fumaça, do Tira Prosa, da Vargem Grande e da Ponte. Cada um com sua particularidade e suas opções para banhos, mergulhos, descanso e contemplação.
No Sul de Minas, entre os outros municípios que abrigam quedas d’água estão Aiuruoca, Gonçalves, São Tomé da Letras e Baependi, todos pertencentes à Serra da Mantiqueira.
Trilhas e aventuras
Para os viajantes dispostos a gastar mais tempo e energia nas trilhas de acesso às quedas d’água, uma alternativa é a Cachoeira do Crioulo, dona de uma das mais belas paisagens do Parque Estadual do Rio Preto, em São Gonçalo do Rio Preto, no Vale do Jequitinhonha, a 350 quilômetros da capital mineira e muito próximo de Diamantina – cerca de 50 minutos de trajeto.
Para chegar a esse destino, são cerca de seis quilômetros de caminhada, que pode durar até quatro horas. No entanto, o esforço compensa: com uma prainha de areia branca e água cor de mel, ela forma um poço ideal para banho, mergulho e descanso.
Para os aventureiros, uma dica é a Cachoeira da Fumaça, em Nova Ponte, no Triângulo Mineiro, a 60 quilômetros de Uberlândia e a 440 quilômetros de Belo Horizonte. Considerada uma das mais belas da região, ela é vista como um convite para os amantes de práticas esportivas como rapel e cabo aéreo, que podem ser feitos nos 60 metros de queda de muita água cristalina. Para quem quer descansar a cachoeira tem, em suas imediações, poços e piscinas ideais para banho.
Ainda para aqueles com preparo físico em dia e que querem opções perto da capital mineira, o Cânion das Bandeirinhas, no Parque Nacional da Serra do Cipó, reúne cachoeiras, cascatas e piscinas naturais de águas cristalinas. A distância da entrada do parque até o cânion é de cerca de 12 quilômetros, em trilhas bem demarcadas, sinalizadas e praticamente planas, com algumas travessias de rios. Durante o trajeto, que pode ser feito também por bicicleta, é possível conferir outras cachoeiras, como da Farofa e da Taioba. A Serra do Cipó fica a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
Outros destinos onde é possível encontrar cachoeiras e que são mais próximos da capital são Itabirito, Rio Acima, Santana do Riacho, Jaboticatubas, Itambé do Mato Dentro e Itabira.
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