Roberto Perfumo, ex-Racing, River e Cruzeiro, morre após cair de escada
Apelidado de Marechal, zagueiro campeão da Libertadores, Intercontinental e tri mineiro não resiste a traumatismo craniano por queda em restaurante na Argentina
O futebol argentino está de luto. Morreu no início da noite desta quinta-feira o ex-zagueiro Roberto Perfumo, apelidado de Marechal, um dos melhores defensores da história do país, revelado pelo Racing e com passagens marcantes no River Plate e Cruzeiro. Aos 73 anos, sofreu traumatismo craniano ao cair de uma escada no restaurante Carletto, em Puerto Madero, após jantar na quarta. A suspeita é que tenha sofrido um AVC (acidente vascular cerebral) antes da queda. Internado às pressas no Hospital Argerich, foi transferido para o Sanatorio Los Arcos, onde passou o dia internado, mas não resistiu.
Antes da partida dos Millonarios contra o São Paulo, nesta quinta-feira, no estádio Monumental de Nuñez, os jogadores entraram em campo com uma faixa de luto e foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao ídolo do clube. Em 1975, o ex-zagueiro chegou à equipe que encerrou jejum de 18 anos sem títulos argentinos.
Perfumo foi revelado pelo Racing. No time, foi campeão argentino, em 1966, da Taça Libertadores e do Intercontinental, ambos em 1967, na primeira conquista mundial de uma equipe do país.
- Roberto Perfumo, defensor inigualável, ídolo da Academia, faleceu nesta tarde, espalhando tristeza no Cilindro (apelido do estádio do Racing). Sua categoria no campo e seu calor humano ficarão guardados para sempre na memória dos torcedores. Neste momento de dor, o clube envia condolências a seus entes queridos - diz o comunicado oficial do Racing sobre a morte do ídolo.
Depois de oito anos no Racing, Perfumo foi para o Cruzeiro, em 1971. Na Toca da Raposa, conquistou o tri mineiro, entre 1972 e 1974, e a Taça Minas Gerais de 1973. Em quatro temporadas, disputou 138 partidas, fez seis gols e se tornou o estrangeiros que mais vestiu a camisa celeste.
- O Cruzeiro está de luto. Morre Roberto Perfumo. Um dos maiores que com tanta raça defendeu nossas cores. Dedicamos todas as nossas orações e pensamentos aos amigos e família, neste momento - escreveu o Cruzeiro em sua conta no Twitter.
Nunca foi campeão pela seleção Argentina, mas disputou duas Copa do Mundo, em 1966 e 1974. Muito respeitado no país, entrou na seleção de todos os tempos eleita pela AFA (Associação de Futebol Argentina) no início do ano.
Comentários