Emocional pesa contra o Galo, e Levir crava: \\\"Campeonato manchado\\\"
Desfalques contra o Vasco ficam em segundo plano em meio a clima de desconfiança com relação à arbitragem. \\\"Vivemos num país desonesto\\\", lamenta treinador
Depois de mais uma arbitragem tumultuada no meio de semana, Levir Culpi reconhece que o maior desafio do Galo na partida deste sábado, às 19h30 (de Brasília), contra o Vasco, no Maracanã não estará relacionado ao futebol. Até mesmo a ausência de quatro titulares fica em segundo plano no momento em que o lado emocional dos jogadores é o principal foco de preocupação do treinador. Segundo ele, conversas a respeito da arbitragem existem e que o maior desafio dele para o jogo deste sábado é fazer com que os jogadores pensem apenas no duelo com o time carioca.
- O maior problema nosso é tirar esse foco da arbitragem e concentrar o time no jogo. Mas estamos conversando, e tomara que amanhã a equipe tenha uma produção em campo, independentemente do que acontecer com a arbitragem.
Apesar do discurso conciliador, o técnico do Galo não hesita em afirmar que esta edição do Brasileirão já está manchada por causa do seguidos erros contra uns e favorecimento a outros.
- O Campeonato Brasileiro de 2015 já está manchado pela arbitragem. Não me lembro de ter havido, nos últimos tempos, tamanha comoção em torno de arbitragem. Realmente causa desconfiança. Situações repetidas... E isso tira um pouco o foco. O trabalho é esse: colocar para os jogadores que tem que ganhar da melhor maneira possível e mais honesta que puder. Ficamos desconfiados, sim, porque vivemos num país desonesto, todos somos desonestos e deve ter havido alguma coisa. Mas temos lei e precisamos provar, como na máfia de 2005. Pegaram o cara e ele sumiu do mapa, pelo menos isso, mas acredito sim em tudo porque somos na essência um país desonesto.
Em meio a este clima, o treinador minimiza os desfalques de jogadores como Marcos Rocha, Jemerson, Douglas Santos e Luan.
- Alguns na Seleção, alguns levaram cartão, uma coisa esperada. Mas não vai haver mudança drástica no sistema porque temos jogadores para substituir. E nem é questão de ritmo, está tudo bem, dá para poder manter. No jogo passado ficamos com um jogador a menos perto dos 45 e mesmo no fim do jogo tivemos chance de empatar. Ainda temos consistência para administrar problemas de cartões e contusões.
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