A presidente Dilma Rouseeff vetou o reajuste do salário mínimo que seria estendido a todos os aposentados e pensionistas do INSS. A correção do mínimo é calculada pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Com o veto, os benefícios do INSS acima de um salário mínimo continuarão sendo reajustados pelo INPC.
A proposta fazia parte da Medida Provisória 672, que prorroga até 2019 o atual cálculo de reajuste do salário mínimo, aprovada pelo Senado em junho. O texto foi sancionado parcialmente pela presidente Dilma, com veto apenas para a extensão do aumento do salário mínimo para os demais beneficiários do INSS. O veto foi publicado no Diário Oficial da União ontem (30). Agora o texto deve retornar ao Congresso Nacional, que pode derrubar o veto da presidente.
Para justificar o veto, a presidente argumentou que a vinculação de todos os benefícios do INSS ao salário mínimo é inconstitucional. “Ao realizar vinculação entre os reajustes da política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS, as medidas violariam o disposto no Artigo 7º, inciso IV, da Constituição.”
Além disso, segundo Dilma, o veto não fere a garantia constitucional de que os benefícios não sejam inferiores a um salário mínimo.
De acordo com o Ministério da Previdência, a extensão das regras do mínimo para todos os aposentados e pensionistas teria impacto de R$ 9 bilhões nas contas da Previdência em 2015.
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