Golaço de Carioca no fim classifica o Galo para as oitavas da Libertadores
Em noite chuvosa no Horto, volante e Lucas Pratto marcam para o Atlético-MG, que vence o Colo-Colo por 2 a 0 e mantém vivo o sonho do bicampeonato
Uma classificação com o ‘selo Atlético-MG’ de drama. Gol no início, pênalti perdido, catimba do adversário e gol no final. O duelo contra o Colo-Colo, do Chile, foi mais um que o Galo escreveu na já longa lista de embates memoráveis. A vitória por 2 a 0 foi o que o time precisava para conseguir a classificação e, se o futebol apresentado foi amplamente superior ao dos chilenos, o sofrimento durante o jogo foi digno das classificações e conquistas épicas do clube.
Lucas Pratto abriu o placar no início do jogo, dando a impressão de que a vaga nas oitavas de final da Taça Libertadores era questão de tempo. Ledo engano. É Atlético-MG. Guilherme ainda teve a chance de aliviar a pressão antes, mas desperdiçou uma penalidade. Mas Rafael Carioca fez o torcedor lembrar do gol salvador de Guilherme pela semifinal da Libertadores de 2013, contra o Newell’s, da Argentina, e, sem deixar a bola cair, mandou no ângulo para eternizar mais uma classificação do Galo.
Começou animador
O Atlético-MG precisou de 18 minutos para percorrer metade do caminho da classificação. E quis o destino que a jogada do gol saísse dos pés do jogador mais contestado em campo: Patric, que substituía o lesionado Marcos Rocha. Ele avançou pela direita e deu bela assistência para Lucas Pratto abrir o placar. O nono gol do argentino em 13 partidas pelo clube. A pressão seguiu até o intervalo, mas o Galo esbarrou nos erros de pontaria, na ‘cera’ do adversário e até na ansiedade para marcar o segundo gol, que daria a vaga para as oitavas de final.
A atuação só não foi impecável nos primeiros 45 minutos porque Paredes teve a única chance dos chilenos de marcar mas, livre, cabeceou para fora, após cobrança de escanteio. Foi o único susto atleticano na primeira etapa, que ficou marcada pela raça e empenho do time de Levir Culpi em todas as disputas de bola, debaixo de muita chuva.
Salvação no fim do jogo
Parecia que, dessa vez, seria sem sofrimento, tamanha a supremacia do Galo. Mas sofrimento está cravado na alma do atleticano. E o sentimento faz valer a pena quando a história de superação se repete como um filme: Libertadores de 2013. Na semifinal contra o Newell’s Old Boys, da Argentina, Guilherme pegou rebote da entrada da área, dominou e soltou a bomba para fazer o segundo e levar a decisão para os pênaltis.
Libertadores de 2015. Sexta rodada. Mesmo estádio. Mesmo lance. Mas Guilherme não é protagonista. Dá o passe para Rafael Carioca dominar, e sem deixar cair, acertar o ângulo de Garcês. Golaço! Classificação sofrida, dramática, com todos os requintes de sofrimento que o atleticano está acostumado.
Ah, e dessa vez teve até pênalti perdido. Pouco antes do golaço de Carioca, Luan foi derrubado na área e o árbitro Carlos Vera marcou. Guilherme bem que tentou esperar o posicionamento final de Garcês, mas o goleiro foi melhor e tocou na bola para depois ela bater na trave. Mas o pênalti foi apenas um detalhe para contar de mais uma noite emocionante no Horto.
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