Arbitragem irrita rivais, e presidente do Galo reclama: \\\"Tem que apitar vôlei\\\"
Raphael Claus, árbitro paulista, não tem atuação aprovada em clássico mineiro. Galo quer arbitragem do estado em segundo jogo; Cruzeiro faz exigência para árbitro local
Raphael Claus ganhou no sorteio de Péricles Bassols, do Rio de Janeiro, que comandará o segundo jogo, no próximo final de semana. E o paulista começou a partida com o objetivo de conter o nervosismo dos jogadores por conta da importância da partida. Mas o árbitro parecia ter entrado mais nervoso do que os jogadores.
Era para ser um goleador por conta de um gol decisivo ou um goleiro devido à uma defesa salvadora que impedisse uma derrota ou empate. Mas,. o personagem do primeiro clássico das semifinais do Campeonato Mineiro no Independência foi o árbitro paulista Raphael Claus.
Já é costume em Minas Gerais que os clássicos entre Atlético-MG e Cruzeiro sejam apitados por árbitros de outros estados. Como os dois gigantes de Belo Horizonte se enfrentaram logo nas semifinais do Estadual, ficou acordado que novamente árbitros de fora comandariam os jogos das semis. Mas, o que era para causar alívio entre os clubes, causou mesmo foi ira de ambas as partes, após o empate por 1 a 1 no Independência, neste domingo.
Em menos de 15 minutos, Claus já havia dado quatro cartões amarelos, com a zaga cruzeirense advertida logo no início da partida. Na sequência, os volantes atleticanos foram amarelados.
No primeiro tempo, o lance que causou mais polêmica foi a não expulsão do zagueiro do Cruzeiro, Léo. O defensor fez falta dura em Dátolo, e Claus chegou a esboçar a marcação da falta, mas nada marcou no lance. Seria o segundo cartão amarelo do zagueiro celeste e, posteriormente, a expulsão.
O técnico Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, não titubeou e sacou o defensor logo depois do lance, temendo a expulsão de Léo por conta de outra falta. A torcida e os jogadores do Atlético-MG reclamaram bastante do lance.
No segundo tempo, Claus apareceu novamente em um lance decisivo. O atacante Leandro Damião segurou a bola, que era do Atlético-MG após uma falta, com o intuito de retardar o jogo. Ao puxar a bola, Leonardo Silva agrediu o camisa nove celeste. Claus expulsou corretamente o defensor atleticano e deu cartão amarelo para Leandro Damião. Após o apito final do jogo, a torcida do Atlético-MG não poupou o árbitro com gritos de ‘ladrão, ladrão’.
Ao final de jogo, não faltaram críticas ao árbitro. Dirigentes e jogadores de ambos os clubes não pouparam nas reclamações em relação às marcações de Claus durante o clássico no Independência.Quem mais se exaltou foi o presidente do Atlético-MG, mandante da partida, e que reclamou da escolha de árbitro de fora, já que defendia a escalação de arbitragem mineira.
- Não dá mais não, estou p(...) mesmo, porque no futebol querem responsabilizar time por tudo e, quando tem atuação dessa, tem que ficar calado e ver CBF e Federação não fazer p(...) nenhuma. É o terceiro clássico consecutivo que tem arbitragem prejudicando o Atlético. Quero ver agora, o Atlético prestigiou árbitro local, mas o Cruzeiro quis de fora e fez essa lambança. Se apitar Libertadores, expulsa todos, ele tem que apitar vôlei.
O gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, explicou que a escolha da arbitragem de fora deveria ter sido realizada pelos dois clubes, mas o Atlético-MG não teria se manifestado. Para Valdir, um árbitro de Minas Gerais poderia ser escalado, mas o único aprovado é Ricardo Marques Ribeiro.
- Em uma conversa falou-se a respeito de arbitragem e falaria-se com o Atlético, já que o Cruzeiro pensava que poderia ser de fora, e o Atlético não se manifestou. O Cruzeiro aceita arbitragem mineira, desde que o Ricardo Marques possa apitar. O Atlético escolhe o árbitro que ele quiser, nós não. E qual é o melhor árbitro mineiro? Ricardo marques, então ele tem que ir para o sorteio. Mas, achar que manda Federação, não quero entrar em detalhes, mas o presidente (da Federação) tem sido sensato e vamos esperar que seja, e agora, se quiser partir para esse lado, terá confusão.
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