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Guilherme livra time do sufoco, Galo vence no Horto e segue vivo na Liberta

Atacante entra no final da partida, sacramenta vitória sobre o Santa Fé, da Colômbia, e Atlético-MG chega aos seis pontos, embolando o Grupo 1 da Libertadores

Após fazer o segundo gol do Galo, Guilherme tirou a camisa e comemorou com os torcedores (Foto: Bruno Cantini/CAM)
Após fazer o segundo gol do Galo, Guilherme tirou a camisa e comemorou com os torcedores (Foto: Bruno Cantini/CAM)

 

Está no sufoco? Chame Guilherme. O atacante do Atlético-MG, que estreou na temporada depois de uma séria lesão, colocou o Galo, de vez, de volta à Libertadores. O triunfo por 2 a 0 sobre o Santa Fé, da Colômbia, nesta quarta-feira, no Independência, não colocou os mineiros na vice-liderança do Grupo 1, mas embolou a chave e deixou o time de Levir Culpi na briga por uma vaga às oitavas de final, faltando dois jogos a realizar.

O jovem Carlos abriu o placar para o Atlético-MG, logo no início da partida. Mas, o jogo se desenrolou de forma complicada para o Galo. E o time alvinegro sentiu e viveu isso. Entretanto, soube conter os perigos do adversário e conquistou a segunda vitória consecutiva, a segunda em cima dos colombianos. 

Mas, o mais importante foi o gol de Guilherme, que fechou o placar, quando a tensão tomava conta do estádio e deu alento para o jogador que, definitivamente, marca presença nos momentos mais decisivos dos últimos anos do clube. Na próxima quarta-feira, dia 15, os dois times voltam a campo, ambos fora de casa. O Galo vai ao México, onde encara o Atlas, em Guadalajara, enquanto o Santa Fé enfrenta o Colo Colo, no Chile. Os dois jogos serão às 22h (de Brasília).

O jogo

Um gol no início da partida era tudo o que o Galo queria. E, antes dos 15 minutos de partida, o criticado Carlos penetrou por dentro da defesa, após desarme e passe de Rafael Carioca, a bola passou pela zaga colombiana, e o jovem atacante balançou as redes. Era a tranquilidade que o time de Levir Culpi precisava para mudar a tática do Santa Fé, que foi ao Independência fechado, com o meio de campo povoado, para surpreender nos contragolpes. Com a derrota parcial, o adversário foi para cima, adiantou a marcação e saiu para o jogo. Os alvinegros souberam conter as investidas, ao final da primeira etapa, e adotaram a postura inicial dos colombianos. Porém, não conseguiram acertar um contra-ataque mortal para ampliar o placar nos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, o treinador colombiano Gustavo Costas resolveu trocar Dario Rodriguez por Paez e Morelo por Borja, em busca de força ofensiva. O Santa Fé tocava a bola, mas não agredia Victor, já que a defesa do Galo seguia bem postada. Heroi até então da noite, Carlos levou a pior em dividida com a zaga colombiana e deixou o campo de maca, mas se recuperou na ambulância, ainda no estádio, e viu o final da partida à beira do campo. A saída do jovem jogador fez com que Guilherme estreasse na temporada, depois de uma séria lesão muscular na coxa esquerda e uma aguardada renovação de contrato.

Pilhado por causa da má arbitragem do uruguaio Andres Cunha, o time do Atlético-MG deixou o jogo se tornar nervoso. Levir Culpi sacou o já cansado Luan e colocou Cárdenas, com o intuito de segurar a bola, já que o placar satisfazia o objetivo inicial do Galo. Mas, quis o destino que o predestinado Guilherme, o "homem dos gols decisivos" desafogasse a tensão alvinegra. Victor chutou para o alto, a bola enganou a defesa e sobrou livre para o atacante, que precisou de chutar duas vezes para sacramentar o bom resultado.

Foi assim contra o Newell’s Old Boys, da Argentina, pelas semifinais da Taça Libertadores 2013. Foi assim contra o Corinthians, pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2014. E foi assim no dia 9 de abril de 2015, quando estreou na temporada carimbando a ressurreição do Galo na Libertadores. No final da partida, um princípio de confusão entre Paez, Borja e Rafael Carioca. Mas, logo, a situação foi controlada.

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