Victor falha, desfalques fazem falta, e Galo perde para Colo-Colo na estreia
Flores e Paredes marcam um em cada tempo, chilenos vencem por 2 a 0 e largam na frente no Grupo 1 da Taça Libertadores
Sem vários titulares e com os reservas deixando a desejar, o Atlético-MG não mostrou o futebol que encantou o país na conquista da Copa do Brasil do ano passado. Desta forma, na estreia da Libertadores o time perdeu para o Colo-Colo por 2 a 0. A derrota foi recheada com uma falha do ídolo Victor, que permitiu a abertura do placar em chute defensável de Flores na primeira etapa. O intervalo não ajudou, o time voltou ainda pior para a etapa final e viu Paredes marcar de cabeça dando números finais ao confronto: 2 a 0. Esta foi a senha para os gritos de olé de uma apaixonada torcida do Cacique, como são conhecidos os torcedores do time chileno, num lotado Monumental antes dos 30 minutos da etapa final.
Mas justiça seja feita a Patric, Pedro Botelho, Maicosuel e Jô, substitutos dos companheiros entregues ao departamento médico, já que os outros sete titulares também estiveram bem abaixo do normal durante os 90 minutos. Levir Culpi foi outro a ter participação infeliz, já que numa alteração ousada, tirou Rafael Carioca para a entrada de Dodô e só conseguiu deixar a equipe mais vulnerável e desorganizada. Sem ter nada com isso, o Colo-Colo fez um jogo sólido, apesar de ter demonstrado falhas, mas com o vacilo de Victor cresceu no jogo, e repleto de jogadores experientes, não deu chances ao adversário.
Líder do Grupo 1 com três pontos e maior saldo que o Independiente Santa Fé, o Colo-Colo volta a jogar pela competição continental no próximo dia 26, quando encara o vice-líder do grupo em Bogotá, na Colômbia. Um dia antes, o Atlético-MG volta a campo pela competição. Vai ser no Independência, às 19h45 (de Brasília), frente ao Atlas, do México. Porém, no próximo domingo a equipe mineira encara o América-MG, no clássico pelo estadual. O duelo também será no Independência, mas às 16h.
Falha de Victor complica o jogo
Apesar dos quatro importantes desfalques, todos lesionados, o Atlético-MG mostrou personalidade no início do jogo e até conseguiu levar perigo ao gol de Villar, com Jemerson e depois Jô. Com vários jogadores experientes no elenco, o time chileno equilibrou as ações, e apoiado pela torcida passou a pressionar os visitantes na base dos lançamentos longos. A intenção era se aproveitar dos espaços deixados pelos laterais reservas Patric e Pedro Botelho, aliado à falta de proteção de Rafael Carioca e Leandro Donizete. Mas o gol veio de uma maneira totalmente diferente. Flores puxou o contragolpe e resolveu arriscar de muito longe. Victor falhou e tomou um verdadeiro frango, aos 38 minutos: 1 a 0 Cacique.
Para a etapa final, a conversa no vestiário parece não ter surtido efeito. Disperso, o Galo permitiu duas chegadas do rival nos primeiros minutos. Com o time mal como um todo, Levir Culpi tentou uma alteração ousada ao tirar Rafael Carioca para colocar Dodô. Não deu certo. Pelo contrário, já que os espaços na defesa ficaram ainda mais nítidos, e o Colo-Colo chegou ao segundo gol em cabeçada de Paredes, aos 21 minutos. A partir daí, o time da casa mostrou toda a experiência de seus jogadores, tocou a bola e ouviu os gritos de olé da torcida até o apito final.
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