\\\"Vacas gordas\\\": Libertadores passa de ambição à obsessão para o Galo
Em terceira participação seguida, Atlético-MG aposta em manutenção de maioria do elenco campeão da Copa do Brasil para repetir boas campanhas dos últimos anos
No próximo dia 18 de fevereiro, contra o Colo Colo-CHI, em Santiago, no Chile, o Atlético-MG iniciará a disputa de sua sétima Taça Libertadores da história, que contabiliza a terceira participação consecutiva do Galo. Há três temporadas, o torcedor do clube vê o perfil mudar de uma equipe irregular, que esporadicamente fazia boas campanhas, e sem conquistar títulos expressivos, a um time forte que, entra ano e sai ano, briga por títulos importantes.
Por conta disso, o Atlético-MG inicia a Libertadores como um dos favoritos ao título da competição baseando-se na manutenção de quase a totalidade do grupo campeão da Copa do Brasil, ano passado, e grande parte do elenco que levantou o caneco da Libertadores em 2013.
Antes de 2013, o Galo havia disputado a competição continental somente quatro vezes. Em 1972, credenciado pelo título brasileiro de 1971; em 1978, pelo fato de ter sido vice-campeão brasileiro no ano anterior; e em 1981 e 2000, pelo vices nacionais de 1980 e 1999.
A partir de 2012, quando o time alvinegro ficou com o segundo lugar no Brasileiro, se credenciando à disputa do maior torneio do continente, o torcedor atleticano não sabe e nem pensa em ficar de fora da competição sul-americana. Ainda mais com a conquista inédita de 2013.
O patamar mudou. O estilo de administração também. O que pode ser consequência um do outro. Se em um passado recente a contratação das famosas "barcas" de reforços no início de temporadas era uma constante, fazendo com que meio ano fosse perdido só pela busca do entrosamento, desde 2012 o clube aposta na manutenção da base para ter sucesso.
O resultado é a subida de degrau do clube no futebol brasileiro. Mesmo tendo "apenas" uma Libertadores e um título da Copa do Brasil nos últimos dois anos, a força do Atlético-MG segue em alta na visão de muitos.
E não somente na opinião pública, já que os números do clube como mandante no Independência e no Mineirão são impressionantes. No Horto, desde a reinauguração em 2012, foram 86 jogos, 60 vitórias, 22 empates e apenas quatro derrotas. No Mineirão, desde a reinauguração, em 2013, foram cinco jogos e cinco vitórias.
Nas duas últimas edições da Libertadores, o Galo terminou a primeira fase com a melhor campanha geral, em 2013, ano no qual foi campeão; e em terceiro lugar geral no ano passado, quando foi eliminado nas oitavas de final (para o Atlético Nacional-COL), e atravessou o único período turbulento no período de três anos. A eliminação precoce do Mundial e a saída do técnico Cuca, somadas à chegada de Paulo Autuori contribuíram para o Galo ter voltado a viver um momento que fez o torcedor atleticano relembrar do período das vacas magras.
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