Vereador Solimar é empossado como Presidente da Câmara de Itabira
Represente de catadores de recicláveis aproveita evento para protestar
Foi empossado no dia 1° de janeiro, para o mandato de um ano, o novo presidente da Câmara Municipal de Itabira, Solimar José da Silva (SD). A solenidade de posse aconteceu no plenário da Câmara Municipal e contou com a presença de vários políticos e autoridades. O prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena (PV), participou do evento e foi acompanhado dos seus secretários. Em seu discurso Damon disse que quer continuar contando muito com a Câmara para a aprovação de seus projetos. Ele ressaltou que o ano de 2015 será um ano de muito trabalho, que é hora de colocar o discurso em prática, fazer o que prometeu e lembrou que tem com o novo presidente um relacionamento de amizade antigo. No entanto, Damon não pode reclamar do presidente anterior, Rodrigo Assis Diguerê (PV), que esteve no cargo nos dois primeiros anos do governo. Neste período Damon não enfrentou nenhuma dificuldade na Câmara, contou com o apoio de 15 dos 17 vereadores e teve todos os seus projetos aprovados.
Durante a cerimônia de posse houve na Câmara um pequeno protesto comandado pelo representante dos catadores de recicláveis da cidade, Sr. Franklin Acácio. De acordo com ele, o protesto não teve nada haver com o novo presidente da Câmara, Solimar. Ele disse que eles não tem nada contra o novo presidente, mas que o momento era oportuno para marcar a metade do mandato, tanto do prefeito quanto dos vereadores, e lembrá-los de suas promessas de campanha. Segundo Franklin, há ainda muitas famílias que tiveram seus negócios fechados e até hoje vivem com dificuldades e resolver a situação desta classe foi uma das promessas de campanha de Dr. Damon.
De acordo com Franklin ele enfrentou na Câmara algumas resistências ao seu protesto. Disse que inicialmente tentaram impedi-lo de entrar na Câmara e que depois de colocar os seus cartazes na entrada do plenário eles foram retirados por ordem do vereador Sebastião Ferreira Leite "Tãozinho" (PP) mas que ele colocou novamente, mesmo sob ameaça do vereador, o único que tentou impedir o protesto que cobrava o direito da classe.
Uma das funcionárias antiga da Casa, Sueli, ajudou a colocar os cartazes de protesto na Câmara, o que nos causou estranheza. Tentamos falar com Sueli no outro dia para saber porque aderiu ao protesto, mas não a encontramos. Sueli dependurava tranquilamente o cartaz na parede com os seguintes dizeres: “Os nossos representantes que apoiam a corrupção e o nepotismo estão desejando um próspero 2015 com mais corrupção e nepotismo.”
Os cartazes tinham várias cobranças contra o nepotismo e corrupção, cobravam os direitos das micro e pequenas empresas, além de outras reivindicações. “Cidade onde nasceu a maior mineradora que enriqueceu vários homens e países hoje é cartão postal da corrupção e do nepotismo apoiado pela Câmara”, dizia um dos cartazes.
Franklin Acácio disse que o objetivo do protesto é tentar sensibilizar o prefeito Damon e os vereadores para as dificuldades que enfrentam uma boa parcela da sociedade. Segundo ele, os dois primeiros anos do governo Damon foram improdutivos e acredita que se a sociedade não se mobilizar, a situação tende a se agravar, já que no inicio de governo Damon adotou um discurso para tentar convencer a sociedade de que a Casa estava desorganizada, que o ex-prefeito havia deixado a prefeitura desestruturada e que ia demandar um tempo para colocar tudo em ordem. E para os próximos dois anos de mandato o discurso de Damon é que a arrecadação esta diminuindo, o que Franklin acredita não ser verdade. Segundo ele, Damon quer com esse discurso justificar mais dois anos de paralisia total no município. “A sociedade tem que se mobilizar, cobrar. Dr. Damon teve todo o apoio da Câmara nos dois primeiros anos, mas preferiu aproveitar para responsabilizar o ex-prefeito e dizer que tinha que por a Casa em ordem. Agora o discurso é de que a arrecadação deve diminuir para justificar mais dois anos de paralisia, mas o que se vê é muita farra com o dinheiro público.”, concluiu.
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